Só
reclamando com o Francisco
Gerson
Tavares
Quando
um cidadão escuta falar que a decisão só depende da Justiça, ele fica mais
tranquilo, porque o “capa-preta” é a “dignidade em pessoa”. Isso é o
que se pensava até que apareceram os espertos que se escudam em uma toga para
fazer suas falcatruas.
Depois
que os políticos ficaram na mira do povo, também os magistrados já estão na
linha de tiro, só que contra eles tem alguém com o olho na massa de mira e o dedo no
gatilho. E este alguém é a própria Justiça que até já decretou o bloqueio de todos os bens do
juiz Élcio Fiori Henriques, do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) da Secretaria
da Fazenda do Estado de São Paulo.
Agente
fiscal de rendas de carreira do Fisco paulista desde 2006, Fiori amealhou
patrimônio de R$ 30,75 milhões em imóveis de alto padrão em apenas dois anos e
meio, sendo que sua remuneração bruta é de R$ 19.490, sobrando para ele receber
R$ 13.020 liquido.
E
o “safardana” é suspeito de lavagem de capitais e crime contra a administração
pública, já que como juiz de impostos, dizem os investigadores, ele teria
negociado redução de valores de autuações impostas a pessoas jurídicas.
Mas
agora duas decisões judiciais congelam sua fortuna, uma da Justiça criminal,
outra da 9.ª Vara da Fazenda Pública, que viram risco de ocultação e dilapidação
de ativos de Fiori. Foi ordenado o sequestro de 19 imóveis que o juiz
incorporou ao seu patrimônio e ao de sua empresa, a JSK Serviços, Investimentos
e Participações Ltda., entre 4 de março de 2010 e 5 de outubro de 2012. Parte
dos imóveis foi adquirida com dinheiro em espécie, relatam testemunhas.
Entre
15 de março de 2010 e 9 de agosto de 2011, o magistrado da Fazenda e a JSK
compraram, e posteriormente revenderam, 22 imóveis de luxo. Nessas transações
ele desembolsou R$ 1,84 milhão e, pela venda, recebeu R$ 5,66 milhões, lucro de
208%, ou R$ 3,82 milhões. "Mesmo num mercado imobiliário superaquecido, os
lucros obtidos são desproporcionais e fora dos padrões observados no
mercado", diz o Ministério Público.
O
milagre da multiplicação chegou assim aos togados juízes.
Pobre
Brasil.
Um comentário:
Este Francisco precisava se encontrar com o avô de Jesus, o Joaquim. Que sabe se essa dupla não pode dar um jeito nessa política de ladrões que está comandando o país?
Mas o brasileiro é forte, dizem, mas será que o brasileiro, sozinho, vai conseguir vencer tantos ladrões juntos?
Vai, Francisco. Dá uma força.
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