segunda-feira, 1 de julho de 2013

Uma reunião sem solução


Gerson Tavares






Depois de muito quebra-quebra e ameaça de muito mais, a presidente Dilma se reuniu com governadores e prefeitos para encontrar a solução para os problemas que a população já está cansada de apontar e todos os políticos sempre viram às costas.

Depois que a presidente foi para a televisão e rádios e repetiu tudo aquilo que o marqueteiro João Santana escreveu, só agora ela chegou à conclusão que nada havia dito que colocasse ordem na casa. Ela, depois daquele tremendo blá-blá-blá, descobriu que nada havia falado e então resolveu “pedir ajuda dos universitários”.

Disse ela que o Brasil precisa punir as “corrupções dolosas” e aí me preocupei, porque quem vai decidir se a corrupção foi dolosa ou não são os próprios políticos. E é bom que se diga que no caso da política atual, não encontraremos um número de políticos sérios que dê para formar uma comissão para julgar seus pares corruptos.

Então lá pela pagina cinco ela falou em corrupção passiva e ativa como se assim fosse possível separar os dolosos dos não dolosos. Será que a senhora Dilma não sabe que, tanto o passivo como o ativo participa do mesmo “coito”, quer dizer, do mesmo ato criminoso.

Mas se ela resolveu que os governadores e prefeitos deveriam gastar mais dinheiro do povo para passearem à Brasília, porque ela não resolveu cobrar deles a prestação de contas da dinheirama que eles meteram a mão para fazer as obras para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016? Será que ela sabe que já sumiu uma grana preta de quase dois bilhões para as obras do Maracanã, uma obra que foi orçada em meio bilhão? Será que a dona Dilma sabe que o Estádio Mario Filho foi literalmente derrubado depois de ser “tombado” pelo Patrimônio Histórico? Com o dinheiro que eles meteram a mão, daria para fazer quatro estádios, a senhora sabia disso?

Será que não seria hora de Sérgio Cabral e Eduardo Paes colocarem todos os papéis que correspondam às despesas que foram feitas para essa obra, para ver se casam com a receita? Mas não, isso não vem ao caso, até porque eles foram à Brasília para gastar mais um pouco de dinheiro e quem sabe, não possa resultar em mais um aumento de “caixa” para os dois. Sim, porque eles foram, levaram as suas camarilhas e no final das contas, com passagens, alimentação e hospedagens, dá um bom dividendo.


Afinal, ninguém é de ferro.  

Um comentário:

Anônimo disse...

Se passar esse projeto de corrupção virar crime hediondo, a Dilma corre o perigo de se encaixar no crime. Ela não sabe se será como ativo ou passivo, mas que será doloso, isso já temos certeza. Agora fica a pergunta: Quem rouba é o ativo e quem deixa ou manda roubar, será passivo ou ativo?
Esta é a dúvida.
São Paulo