Uma reunião sem solução
Gerson Tavares
Depois de muito
quebra-quebra e ameaça de muito mais, a presidente Dilma se reuniu com
governadores e prefeitos para encontrar a solução para os problemas que a população
já está cansada de apontar e todos os políticos sempre viram às costas.
Depois que a presidente
foi para a televisão e rádios e repetiu tudo aquilo que o marqueteiro João
Santana escreveu, só agora ela chegou à conclusão que nada havia dito que colocasse
ordem na casa. Ela, depois daquele tremendo blá-blá-blá, descobriu que nada havia
falado e então resolveu “pedir ajuda dos universitários”.
Disse ela que o Brasil
precisa punir as “corrupções dolosas” e aí me preocupei, porque quem vai
decidir se a corrupção foi dolosa ou não são os próprios políticos. E é bom que
se diga que no caso da política atual, não encontraremos um número de políticos
sérios que dê para formar uma comissão para julgar seus pares corruptos.
Então lá pela pagina
cinco ela falou em corrupção passiva e ativa como se assim fosse possível
separar os dolosos dos não dolosos. Será que a senhora Dilma não sabe que,
tanto o passivo como o ativo participa do mesmo “coito”, quer dizer, do mesmo
ato criminoso.
Mas se ela resolveu que
os governadores e prefeitos deveriam gastar mais dinheiro do povo para
passearem à Brasília, porque ela não resolveu cobrar deles a prestação de
contas da dinheirama que eles meteram a mão para fazer as obras para a Copa de
2014 e as Olimpíadas de 2016? Será que ela sabe que já sumiu uma grana preta de
quase dois bilhões para as obras do Maracanã, uma obra que foi orçada em meio
bilhão? Será que a dona Dilma sabe que o Estádio Mario Filho foi literalmente
derrubado depois de ser “tombado” pelo Patrimônio Histórico? Com o dinheiro que
eles meteram a mão, daria para fazer quatro estádios, a senhora sabia disso?
Será que não seria hora
de Sérgio Cabral e Eduardo Paes colocarem todos os papéis que correspondam às
despesas que foram feitas para essa obra, para ver se casam com a receita? Mas
não, isso não vem ao caso, até porque eles foram à Brasília para gastar mais um
pouco de dinheiro e quem sabe, não possa resultar em mais um aumento de “caixa”
para os dois. Sim, porque eles foram, levaram as suas camarilhas e no final das
contas, com passagens, alimentação e hospedagens, dá um bom dividendo.
Afinal, ninguém é de
ferro.

Um comentário:
Se passar esse projeto de corrupção virar crime hediondo, a Dilma corre o perigo de se encaixar no crime. Ela não sabe se será como ativo ou passivo, mas que será doloso, isso já temos certeza. Agora fica a pergunta: Quem rouba é o ativo e quem deixa ou manda roubar, será passivo ou ativo?
Esta é a dúvida.
São Paulo
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