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É lei!

Domingos Brasão, um tremendo de um “picareta”

Eu já falei aqui sobre uma lei estadual do Rio de Janeiro que proíbe o uso de telefone celular no interior das agências bancarias. Por um lapso, falei que ela havia sido promulgada pelo governador Sérgio Cabral, mas confesso que “pisei na bola”.

A medida consta da lei 5.939, publicada no Diário Oficial do Legislativo do Rio de Janeiro e de acordo com o autor do projeto, deputado Domingos Brazão (PMDB), a proibição é uma tentativa de reduzir o número de casos de assaltos, logo depois que clientes saem de agências com dinheiro, a chamada "saidinha de banco".

E aqui estou me redimindo da “acusação” ao Sérgio Cabral, porque a lei foi promulgada pelo presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), após a Casa derrubar o veto do governador Sérgio Cabral. Por tanto, o absurdo não partiu do Cabral e sim do Brazão que fez o projeto e do Paulo Melo que derrubou o veto do governador.

Na segunda feira fui ao Banco Santander para pagar umas contas e lá vi afixado em vários pontos da agência, cartazes chamando à atenção sobre a proibição do uso de celular. Ninguém que por acaso recebesse uma ligação, poderia dizer que não sabia daquela proibição, que considero simplesmente imoral, de uma lei sem pé nem cabeça.

E foi aí que eu procurei para ver onde havia afixado um, somente um, cartaz comunicando aos clientes que eles têm garantido por lei que não poderão ficar mais que vinte minutos na fila do caixa. E olha, que esta foi uma aprovação em última estância pelo Supremo Tribunal Federal de todas as leis municipais que regularizam o tempo de espera nas filas dos bancos. Os bancos não podem mais recorrer da decisão e serão obrigados a cumprir a legislação.

Mas eu mesmo fiquei ali, na fila dos atendimentos prioritários por mais de quarenta minutos, até porque, no ticket que você pega para entrar na fila, consta a hora da sua chegada ao banco, mas na autenticação do caixa no documento que você pagou, só consta o dia e assim, como provar que você passou ali mais de vinte minutos de espera para ser atendido?

Por tanto, toda vez que eu estiver em um banco e meu celular tocar irei atender normalmente até porque eu não posso ter cerceado o meu direito de conforto em troca ao desleixo do Estado em seu serviço de Segurança Pública. Em compensação, todas vez que daqui para a frente meu relógio acusar que já passou dos vinte minutos previsto para a espera de atendimento, vou exigir do gerente do banco que ele providencie aquilo que me é de direito.

Chega de baderna.