Inauguradas por Lula durante a campanha, obras não foram concluídas

Gerson Tavares

Quando ainda em seu governo, que eu sempre considerei desastrado, Lula inventou uma maquina de fazer dinheiro que ele disse ser “filho” de Dilma e apelidou de PAC. Dinheiro não faltava para que os canteiros de obras fossem montados e que as empreiteiras “companheiras” dessem início às obras, com muita propagando que serviam para plataforma de campanha da candidata do Lula á Presidência da República.

Era sempre em ritmo de comício que o Lula chegava aos locais das obras, com uma platéia de “eleitores” que não sabiam nem porque estavam ali, mas como gado para o abatedouro, ali chegavam em ônibus fretados, caminhões de fazendas e até de carroça de boi. Era uma festa a cada inauguração de uma simples pedra fundamental de cada obra.

E assim foi lá em Goiás, quando Lula esteve ao lado do então governador do Estado, fixando sobre o solo um lance de trilhos de aço na divisa de Goiás e Tocantins. Isto aconteceu em 21 de setembro de 2010, há apenas 12 dias para a disputa do primeiro turno das eleições presidenciais e Lula foi o grande portador da notícia que foi divulgada pela mídia de todo o país: aquele trecho da Ferrovia Norte-Sul, ligando o Maranhão a Goiás, estaria pronto para ser entregue em dezembro. E foi enfático: "No dia 20 de dezembro preparem uma grande festa". Isso ele falou na cidade de Porangatu, interior de Goiás.

Depois disso, acenando ao povo e com aquele sorriso irônico, lá se foi o Lula. Mas a realidade só apareceu depois das eleições, depois que os “eleitores” compareceram às urnas e cravaram no nome da Dilma. E a obra não foi inaugurada em dezembro. Muito menos em 30 de abril, como depois foi estabelecido no balanço de quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento, aquele famigerado PAC. Mas agora eu posso dizer que nem mesmo em julho como depois falaram.

A Valec, a empresa estatal ligada ao Ministério dos Transportes e responsável pelo empreendimento, hoje, limita-se a informar que os trens finalmente correrão sobre os trilhos em algum momento no "segundo semestre" deste ano, mas sem dar garantia da informação e como eleição para presidente só em 2014, os camponeses já sabem que por lá só irão falar da ferrovia em final de 2013.

É bom lembrar que esta é só uma promessa não cumprida, mas milhares estão por esse imenso país na mesma condição.

Por isso eu digo: “Este é o Brasil que eu não gostaria de viver”.