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Pornografia gramatical

Senador Álvaro Dias quer a cabeça do Haddad

Já que eu tirei o dia para falar de Fernando Haddad, vamos continuar com o assunto “Por uma vida melhor”. Este livro faz parte da coleção “Viver, aprender”, que pelo nome deveria ensinar por toda uma vida.

Mas como todos já viram não existe ensino algum neste livro que virou o “queridinho” do MEC. E por falar no ministério, o Fernando Haddad foi convidado, quando deveria ser convocado, para comparecer ao Senado para dar algumas explicações sobre o “seu livro de cabeceira”.

Ele defende a circulação do livro e aí, eu também não sou contra, mas defendendo a circulação ele acha que o livro deve ser usado como livro didático pelo MEC, o que vem a ser uma alucinação. Ele diz que não é errado o uso de expressões coloquiais como “nós pega o peixe”. Mas no Senado encontra uma “barreira” chamada Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, que quer ouvir o ministro.

Mas Haddad não compareceu para falar em audiência pública da Comissão de Educação do Senado que tratava sobre a qualidade dos livros didáticos. Eu sinto que nem foi bem por causa do “livro dos mil erros” que o Fernando fez "forfait", mas sim porque a reunião foi convocada para tratar dos livros de história do Brasil que fazem críticas ao governo Fernando Henrique e elogios à Lula. O “livro dos mil erros” iria entrar no “balaio”.

Agora Álvaro Dias vai pedir ao Ministério Público que acione a Justiça. E aproveitou para falar: “O ministério está sendo acusado de se transformar em comitê eleitoral, com livro didático com proselitismo político e erros gramaticais grosseiros que transformam a ortografia em pornografia gramatical e o ministro não comparece. É irresponsabilidade”.

E foi aí que um assessor do ministério, que não quis dar seu nome, falou: “Nós vai vê o que é preciso fazê para que eles pare de enchê os nosso saco”.