sexta-feira, 27 de maio de 2011

ECAD já sabia de fraudes desde outros carnavais



Regiane conta o que sabe


Regiane Jonas Bela pode falar tudo sobre as fraudes que acontecem e aconteciam dentro do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), porque ela vivenciou todo o processo de “sacanagem”.

Hoje Regiane é coordenadora de uma creche municipal em São Paulo, mas em 2006, no entanto, ela acompanhou de perto a extinção do Núcleo de Coleta de Dados (NCD) que o ECAD mantinha na capital paulista. Ela era a supervisora do setor responsável por processar todas as informações musicais do carnaval daquele ano e foi uma das 30 pessoas demitidas pelo escritório, sendo que ela e outras 16 por justa causa, por suspeita de envolvimento num golpe que pretendia manipular o sistema de amostragem que o ECAD usa para pagar os direitos autorais de todos os músicos do país.

E agora Regiane falou: “Os fiscais do ECAD faziam o trabalho deles, que era chegar ao local (bares com música ao vivo) e gravar o que estava sendo tocado. Muitas vezes as gravações mostravam que um mesmo compositor conseguia executar 50 músicas em menos de uma hora, e nós cansamos de avisar ao pessoal do Rio que tinha caititu demais nas coletas de dados feitas. Eles respondiam dizendo que era assim mesmo”.

Assim é o ECAD, onde sempre alguém leva um por fora para que a coisa seja “assim mesmo”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Enquanto isso o ponto dos compositores, alí no Largo da Carioca, no Rio, fica cheio de compositores que são roubados pelo Ecad.

E a Ana de Hollanda não vê essas coisas. Boa bisca.

Fortuna
Rio de Janeiro