Senadores apontam tráfico de influência

Senador Álvaro Dias sabe onde está o problema

Ir à Câmara que era bom, ele não foi, mas agora chegou a vez dos senadores da oposição que vão tentar convocar o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para que ele explique, numa comissão, os negócios da empresa “Projeto Consultoria Financeira e Econômica Ltda”. Os senadores mostraram neste domingo, em entrevistas ao jornal “O Estado de São Paulo, que estão convencidos de que os negócios do ministro indicam "tráfico de influência".

Além dessa tentativa de convocação para que o “safardana” compareça para depor, ainda nesta semana, senadores e deputados da oposição vão começar a coletar assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Eles contam conseguir as 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores com a ajuda de parlamentares governistas. O requerimento prevê uma CPI mista e, uma vez conseguido este apoio necessário, a presidência do Congresso não poderá barrar a instalação da comissão de inquérito.

Os senadores reconhecem que será difícil conseguir o número necessário de assinaturas para a instalação da CPI e segundo o senador Demóstenes Torres, tem muitos governistas que estão incomodados com a situação e que, reservadamente, concordam que Palocci deveria vir a público se explicar, mas que como não podem ficar contra a Dilma, não colocam a assinatura no documento nem com “reza forte”.

E foi aí que o senador Álvaro Dias falou: "A CPI se justifica pela gravidade dos fatos. O importante não é só saber quanto ganhou Palocci e sim saber quem e quanto ganharam os que se valeram do tráfico de influência exercido por ele".

E é exatamente isso que a população precisa saber.