Battisti mas mãos de Gilmar Mendes

O bandido italiano não sabe fica ou se vai

Assim como tem gente que acende vela para defunto dos outros, a Corte Suprema está gastando tempo com bandido alheio. E agora, depois de tanto tempo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa resolveu encaminhar o pedido de liberdade do ex-ativista Cesare Battisti para o relator do caso na Corte, que por sinal é o ministro Gilmar Mendes.

Chegou então à vez do Gilmar Mendes, que voltou ontem ao Brasil, depois de uma “viagem oficial” aos Estados Unidos decidir, já que Joaquim Barbosa considerou que não haveria necessidade de analisar o pedido apresentado na sexta-feira pelos advogados de defesa do bandido italiano.

Em uma jogada de mestre, que recebeu o apelido de “um equivoco”, o próprio STF impediu que o pedido feito pelos advogados de Battisti fosse analisando ainda na sexta-feira. Em vez de distribuir o processo para o ministro Joaquim Barbosa, o caso foi encaminhado inicialmente para o ministro Marco Aurélio Mello. O erro só foi percebido e corrigido depois que Mello já tinha analisado a petição. A expectativa era de que ele soltaria Battisti.

Desde 2007 que nós estamos alimentando esse “bandido italiano”, o Cesare Battisti, já que ele está preso no Brasil. Em 2009, o STF autorizou a entrega do italiano a seu país de origem, mas dando uma de “Pilatos”, deixou a decisão final para a Presidência da República. Lula, esperto como quê, em seu último dia de governo, resolveu não entregar Battisti para as autoridades italianas, mas a Dilma foi deixando a coisa rolar.

Enquanto isso, como se não bastasse o que já temos aqui, sai do bolso do povo a “hospedagem” desse bandido italiano.