quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Edistraídos"



Gerson Tavares




A Câmara dos Vereadores da cidade do Rio de Janeiro passou uma semana de muita tribulação. Tudo porque os edis não estavam mais a fim de andar de ônibus. Cheios de razão, capitaneados pelo presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe, eles queriam receber seus carros de luxo para terem como gastar os mil litros de gasolina que têm direito a cada mês.

Mas para começar vamos saber o que vem a ser o edil. Título concedido aos membros de uma junta de magistrados eleitos anualmente na antiga Roma. A junta era responsável pela manutenção da ordem pública. Além disso, supervisionava o comércio, o mercado e as provisões de água e alimentos, ocupando-se também de vários encargos públicos. Até 367 a.C., a junta era formada por dois plebeus. Depois, a ela foram acrescentados dois patrícios. Em suma, aqui no Brasil, edil é o vereador municipal.

Então voltemos à estória do dia, porque resolvemos falar dos edis cariocas que só queriam um “carrinho” para passear. Pois esses vereadores estão muito aborrecidos com o povo da Cidade Maravilhosa que bagunçou o coreto deles, fazendo uma polemica sem fim por um simples carrinho que cada um deles iria receber para visitar os seus eleitores.

Cada “carrinho” iria custar menos de 70 mil reais, coisa pouca para uma cidade que é rica. Cada “edil” só iria receber um “fusquinha”. É bem verdade que cada fusquinha era um Jetta, nada mais que um dos carros de luxo da Volkswagen. E tudo só não aconteceu porque lá na Câmara ainda existe alguém com vergonha e foi exatamente com o grito de recusa de Andrea Gouvêia Vieira, Eliomar Coelho, Tereza Bergher e Paulo Pinheiro, que tudo veio à tona, pois de imediato disseram que não queriam os carros. Com a grita da imprensa e depois da população, Tio Carlos, Carlos Bolsonaro, Leonel Brizola Neto, Edison de Creatinina, Roberto Monteiro, Reimont, Ivanir de Mello, Marcello Arar, Rosa Fernandes, Patrícia Amorim, Paulo Messina, Fernando Moraes, Carlo Calado, Sonia Rabello, Carlos Eduardo, Vera Lins, João Cabral e Nereide Pedregal, resolveram acompanhar os primeiros e assim esvaziou a turma da “sacanagem”. E agora já não vamos mais ter a “farra do carro”, só que a Volkswagen agora está pensando como fazer uma equação para dar saída em mais de dois milhões que já foram pagos. “Devolver o dinheiro ou não, eis a questão”. Agora, quanto ao valor já pago que o presidente da Casa falou em pouco mais de 2 milhões e 200 mil reais, a Volkswagem diz ter recebido mais de 3 milhões e 500 mil reais e até agora ninguém falou o porque dessa diferença tão grande de valores.

Mas quanto aos outros edis, alguns ficaram indecisos e não sabiam se queriam ou não aqueles carros, mas a turma liderada pelo presidente da Casa, Jorge Felippe, permaneceu irredutível: “Quero meu carro!”. E como é necessário que o eleitor saiba quem são esses “safardanas”, aqui vão seus nomes e partidos: Jorge Felippe (PMDB), Renato Moura (PTC), Carlinhos Mecânico (PPS), Chiquinho Brazão (PMDB), Prof. Uóston (PMDB), Jorge Braz (PTdoB), Dr. Gilberto (PTdoB), Jorge Manaia (PDT) e José Everardo (PMN).

E por aí dá para ver que os “safardanas” estão espalhados por quase todos os partidos. Eles se infiltram em todos os lugares para tentarem contaminar a todos.

Por isso meu povo, vamos ficar de olho. No próximo ano temos eleições e esses “canalhas” estarão novamente postulando uma cadeira na Casa. Aí então chegou à hora de negar seu voto à essa “canalhada” que só aparece para o público na hora de pedir voto para depois armar essas “falcatruas”.

“Olho vivo”.

Um comentário:

Anônimo disse...

É isso aí. Eles começam cedo a fazer sacanagens. Quando o safado entra na política é para passar o povo para trás.

Mas como nada que eles fazem dá problema, se não conseguiram os carros agora, naturalmente irão tentar outra vez.

Vitória Arantes
Barra da Tijuca