segunda-feira, 23 de maio de 2011



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Palocci faz mea-culpa




Cabisbaixo, Palocci se esconde dos flashes


A primeira grande turbulência política do governo Dilma Rousseff, não poderia ter como figura central uma mais emblemática que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Como uma personagem sempre de grande vulto nos escândalos, desde que prefeito de Ribeirão Preto, como depois no governo Lula, quando teve que deixar o Ministério da Fazendo por ser o responsável pala quebra do sigilo bancário de um simples caseiro, desta vez foi pego no pulo, quando descobriram que ele ganhava dinheiro fazendo “consultoria” para várias empresas.

Pois não é que quando ele sentiu que a “casa havia caído” ele tratou de enviar um esclarecimento “espontâneo” à Procuradoria-Geral da República para justificar as atividades econômicas da sua empresa, a “Projeto Consultoria Financeira e Econômica Ltda.”, e o alto volume de recursos que recebeu no fim de 2010, após a eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República, quando ele foi o principal coordenador da campanha da petista?

No documento, que foi enviado na sexta-feira à PGR, Palocci informa que trabalhou para pelo menos 20 empresas, incluindo bancos, montadoras e indústrias, e que boa parte dos pagamentos foi concentrada até dezembro do ano passado quando anunciou aos clientes que não mais atuaria no ramo de consultoria.

Na ocasião, segundo a justificativa do ministro, pelo menos 70% dos serviços de consultoria e análises de mercado já estavam concluídos, o que explicaria o pagamento nesse período, o que deu a sua empresa um faturamento milionário em final de ano e que serviu para ajudar a comprar o apartamento de seis milhões e seiscentos mil reais em um bairro nobre de São Paulo.

Alguém muito próximo a Palocci falou que somente uma dessas empresas que contratou a “Projeto”, fatura cerca de 350 milhões de reais por mês, mas Palocci se nega a divulgar o nome de seus antigos clientes, sob a alegação de que respeita cláusulas de confidencialidade e também mantém sob sigilo o valor faturado.

Isso é o mesmo quer falar que bandido rico não precisa dizer a fonte de seu faturamento. Traficantes, assaltantes e todas as espécies de “trabalhadores da linha dos ilícitos”, não poderão mais ser molestados por não declararem a fonte pagadora.
Foi instituído o “segredo monetário”.

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