quarta-feira, 25 de maio de 2011

Crime? Que crime?




Gerson Tavares



Com um passado cheio de altos e baixos, com escândalos sempre presentes em sua vida política, o médico de interior, Antonio Palocci conseguiu chegar ao seu lugar de destaque na política nacional. Com uma atuação sempre de destaque em todas as empreitadas do PT, desde que Lula conseguiu ser o primeiro “operário” a chegar à Presidência do Brasil, foi agraciado com postos de destaque no governo federal. Com Lula chegou ao Ministério da Fazenda, mas sua sanha de ser sempre mais, depois de extrapolar em suas atribuições, chegou ao cúmulo de quebrar o sigilo bancário de um simples caseiro, quando se viu obrigado a seguir foi vivendo às escondidas até que fosse esquecido pela mídia.

Depois voltou ao cenário já como deputado federal e ali na Câmara voltou ao seu lugar de destaque. Veio a campanha das eleições de 2010 e ele se destacou como o “mentor” da campanha de Dilma Rousseff e com a vitória da sua candidata ele voltou ao Palácio e desta vez como o “todo poderoso” ministro-chefe da Casa Civil.

Mas como o uso do cachimbo deixa a boca torta, quando deputado ele já fazia das suas às escondidas e depois do destaque que conseguiu como o “braço direito” da presidente, veio à tona mais um escândalo que vem desde 2006, quando Antonio Palocci, que logo após deixar o governo Luiz Inácio e já eleito deputado em 2006 utilizou a sua empresa, a “Projeto”, para prestar serviços de consultoria a clientes que têm “negócios” com o governo.

Mas como diz o ministro Jorge Hage, da Controladoria Geral da União, o Congresso não mostra a menor disposição de votar projetos relacionados ao tema que hoje está na crista da onda. Se atitudes fossem tomadas, alguns desses projetos poderiam tornar crime o enriquecimento ilícito de agentes públicos, definir as situações em que há conflito de interesses públicos e privados e ainda ampliar a punição a servidores envolvidos em irregularidades.

E para piorar, essas três propostas, que foram apresentadas respectivamente em 2005, 2006 e 2009 e estão entre as centenas de projetos à espera de votação na Câmara, se um dia isso ocorrer, e se por descuido dos deputados forem aprovadas, ainda terão que entrar na fila de propostas a serem analisadas pelo Senado.

Sabe quando isso vai acontecer? Mais é nunca!

Um comentário:

Anônimo disse...

Enquanto o povo não aprender que o voto é a sua arma, vamos viver sempre assim, com roubos e mais roubos e tudo ficando por isso mesmo.

Carlo Alberto Machado
Rio de Janeiro