Tudo farinha do mesmo saco

Gerson Tavares

Desculpem-me, mas não dá mais para pensar em situação ou oposição na política brasileira. Depois da novidade paulista eu agora só penso em “um saco de gatos e ratos”, assim mesmo, todos no mesmo saco.
O governador de São Paulo, o Alckmin, está montando um esquema para fazer mais um partido aliado em seu governo e assim ele pensou no PP, o partido que tem como “emblema” o deputado Paulo Maluf, aquele que está sendo procurado pela Interpol.

Mas na política do Brasil é assim mesmo, os inimigos de ontem, hoje dormem na mesma cama. Por isso, será o “foragido” Paulo Maluf que irá indicar o novo presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). E assim sendo, foi sugerido o nome do economista Antonio Carlos do Amaral Filho, consultor e atual presidente do Instituto Milton Campos, ligado ao PP, em São Paulo.

Como bom ex-inimigo, o Alckmin ligou para Maluf para convidá-lo a integrar o governo. E foi daí que começaram as conversas que foram tocadas pelo secretário-chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo. Com quase tudo acertado, na semana passada eles bateram o martelo.

E o PP botou banca dizendo que eles podem prestar um bom serviço na CDHU. Até porque eles já têm nas mãos, em Brasília, o Ministério das Cidades. Como eles sabem que podem somar, eles vêm tudo mais fácil.

Mas o que mais chamou a minha atenção foi quando os “pepistas” disseram que o PP é um partido que cumpre acordos e assim, com o PP nacional na base do governo do PT, em São Paulo, eles foram adversários do PSDB no passado, mas depois do resultado das urnas, tudo fica no esquecimento.

Acho que eles falaram que depois das eleições todos estão na mesma “boca”. E o povo ainda vota nessa “corja”.