segunda-feira, 23 de junho de 2008

ACONTECEU
no
BRASIL
No DF tem 2,1 bilhões de reais a caminho
de algum "paraiso fiscal"

Joaquim Roriz está no meio d “forrobodó”

BRASÍLIA – Ainda bem jovem, mas já tão corrupta. É assim, com 22 anos de autonomia política, que o Distrito Federal compete com o resto do País no que há de pior em matéria de corrupção na administração pública. Uma prefeitura média, com 2,5 milhões de habitantes e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios acredita ter desvendado a maior pilhagem de dinheiro público dos últimos anos.

Uma análise dos documentos apreendidos na Operação Megabyte, realizada no início de junho pela Polícia Federal, estima que chegue a R$ 1,2 bilhão o volume de dinheiro público gasto irregularmente no período de cinco anos com uma rede de empresas que fornecia produtos e serviços de informática.

Dois fatos mostram que o grupo de corrupção é forte. Um é o esquema e o suposto líder que mesmo com a mudança de governo, em 2006, e com as investigações, apesar de serem de responsabilidade do poder local, saíram do âmbito da Polícia Civil e passaram para a Polícia Federal, com autorização do Tribunal de Justiça, como forma de controlar os vazamentos registrados em diligências anteriores. O outro fato mostra o tamanho do problema: a mesma estrutura administrativa, que gastou R$ 450 milhões em produtos e serviços de informática no último ano do governo do peemedebista Joaquim Roriz (2002-2006), no primeiro ano de José Roberto Arruda (DEM) empenhou R$ 97 milhões, quase 80% menos. A maior parte do dinheiro foi repassada às empresas do cartel pelo ex-presidente da estatal Codeplan, o delegado aposentado Durval Barbosa, apontado pelo Ministério Público como líder do grupo desde 2002. Seu aliado nº 1 nos negócios, dizem os procuradores, é o empresário e bicheiro Messias Ribeiro, sócio do bicheiro Carlos Cachoeira. Investigado no governo Roriz, Durval manteve todos os tentáculos no governo Arruda, que o promoveu a secretário de Assuntos Institucionais, dando-lhe assim direito a foro especial. Nenhum dos acusados está preso e as principais empresas do esquema, entre as quais a Sapiens e a Patamar, de Messias, continuam disputando as verbas do governo do DF.

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