Blindagem no Planalto garante

duas pessoas. “Lula, sempre”

Gerson Tavares


Existem sempre dois nomes, que haja o que houver, nunca podem ser atingidos nesse governo petista. Aliás, são sempre dois e isso não quer dizer, sempre aqueles dois. Um pode ser sacrificado em prol do outro e esse outro sim, é sempre o mesmo. Primeiro o “famigerado” José Dirceu que ao lado de Lula formou uma grande barreira, até que a “casa caiu”. A desgraça desabou com Delúbio e companhia e o Dirceu foi o sacrificado da vez. Depois foi a vez de Palocci, que por longo tempo foi “blindado” e só depois de muitos escândalos, quando a “lama” começou a respingar no Lula, ele saiu. Já passou a hora de Gushiken, que permaneceu fazendo das suas, escondido no porão do palácio do Planalto, mas que também chegou a sua vez de deixar o lugar de par de Lula. De dupla em dupla nessa conta-dança, chegou à vez da Dilma Rousseff que é muito mais esperta que todo mundo e está lá dando as cartas. Dificilmente se viu alguém com a astúcia dela.

Mas como nem todo mundo fica calado, de vez em quando alguém aparece e conta um “segredinho” da “mãe” do PAC. Mas nunca em tão pouco tempo os jornais mostraram duas “falcatruas” seguidas de “dona” Dilma. Depois da Denise Abreu, ex-diretora da Anac, falar dela há duas semanas atrás sobre o escândalo da “Varig”, pintou outro que envolve a “mãezona” petista. Desta vez é a interferência dela em pedágio. Um pedágio lá no Rio Grande do Sul que foi ganho pela Ecosul e que ela se colocou contra o aumento, não porque estivesse a majoração absurda, mas sim porque ela foi contra o contrato da concessão para aquela empresa quando ela tinha outra no bolso do casaco.

Mas o certo é que ela está blindada contra qualquer escândalo, não porque as pessoas se calam, mas sim, porque Lula precisa dela para 2010. Se ele não conseguir o terceiro mandato nem a prorrogação de seu governo por algum outro modo, ela é sua peça chave. Ele pensa que só assim poderá continuar mandando, mas ele não sabe que a pior cobra é aquela que pica em silêncio.