segunda-feira, 30 de junho de 2008

“João de Barro” está dando dor de
cabeça em muita gente


Gerson Tavares




Eu sou do tempo em que quando se falava em “João de Barro”, das duas uma; ou o pássaro estava fazendo sua casa num galho de alguma arvore do quintal, ou então estava tocando no rádio, mais uma bela canção do magistral Braguinha, o grande João de Barro, saudosa figura da nossa música. Quanta saudade daquele tempo, porque hoje, quando escuto falar nesse nome, lá vem mais uma operação da Polícia Federal, que, aliás, foi deflagrada mais ou menos há uma semana para desarticular um grupo de empresários e servidores públicos que desviava verbas dos programas de habitação popular e saneamento do “famigerado” Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e que tem indícios “fortes” de que o Ministério das Cidades era um dos ninhos do esquema de corrupção. A Polícia Federal já sabe que o universitário André Scarassati, de 26 anos, filho de José Alcino Scarassati, ganhou um contrato de pelo menos cinco milhões e meio de reais para construir 255 casas populares em Palmas, no Tocantins.

Alcino era, até a semana passada, assessor especial e braço direito do ministro das Cidades, Márcio Fortes. O ministério, naquela de livrar “o dele”, afastou o assessor porque as investigações revelaram indícios de que houve tráfico de influência de Alcino em favor da empresa do filho, que não teria equipe nem qualificação técnica para tocar o contrato.
André é dono da Construssatti Serviços e Construções Ltda., que tem uma dezena de funcionários no setor administrativo e "costuma" ganhar licitações para obras nos prédios públicos de Brasília e Alcino, um tremendo “picareta” e ex-assessor do Senado, que tem por vício, ajudar o filho a ganhar licitações para obras no Congresso.

Agora só falta ligar os nomes dos deputados federais mineiros Ademir Camilo (PDT) e João Magalhães (PMDB), com ao Sacarassati, porque acusados de envolvimento no desvio verbas de obras do PAC, eles já estão, mesmo contra a vontade do Chinaglia.

Mesmo com indícios de “fortes” implicações de autoridades com foro especial no caso, oficialmente, Fortes não deverá ser investigado.

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