sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Se “embarreirar” vai dançar

Doar sangue é salvar vidas
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DETRAN/SP só quer parceiros








Pode até parecer mentira, mas não é. Pode parecer e é, “sacanagem”. Este é o novo episódio que está revoltando uma categoria em meio à polêmica do novo projeto de lei orgânica da Procuradoria-Geral do Estado.

E é calçado no projeto que o diretor-presidente do Detran de São Paulo, Daniel Annenberg, pediu à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) o afastamento de uma procuradora da consultoria jurídica do departamento sob reclamação de que ela não trabalha “como parceira”.

O pedido, quase ordem, de Annenberg foi feito por e-mail e endereçado ao Subprocurador-geral, Adalberto Robert Alves, com cópia ao procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos. Diz ele no email: “Não estamos conseguindo trabalhar com pessoas que mais atrapalham do que ajudam. A dra, procuradora da consultoria jurídica do Detran, é um desses casos. Já solicitamos que ela trabalhe mais integradamente e como parceira, mas não está resolvendo”. Depois disso ele resolveu o problema, pedindo um substituto para o cargo, no dia 5 de junho passado.
E foi assim que ele escreveu: “Neste sentido, peço encarecidamente que troque esta procuradora e coloque outro funcionário na consultoria jurídica do Detran. Agradeço o seu apoio. Att. Daniel Annenberg”.

Mas ele deu azar e a troca de e-mails vazou para membros do Conselho Superior da PGE, comissão sem poder de veto formada para discutir com o procurador as decisões do órgão. Então, questionado pelo Estado, o diretor-presidente do Detran não quis se pronunciar. O episódio ocorreu ao mesmo tempo que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) o projeto da nova Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado. Procuradores sustentam que o procurador-geral Elival da Silva Ramos almeja superpoderes que extrapolam sua função.

Já o procurador-geral criticou em nota a postura do diretor-presidente do Detran e atribuiu a conduta de Annenberg a “entreveros normais” entre procuradores e autoridades públicas. Também falou: “Trata-se de um entre tantos entreveros normais entre Procuradores que atuam nas Consultorias Jurídicas e autoridades que são por eles atendidas. A postura do Diretor Presidente do DETRAN não foi a adequada apenas ao dizer que pediria a substituição da Procuradora, assunto da exclusiva alçada do Gabinete”.

Mas claro está que a procuradora não serve para o presidente do DETRAN, porque a referida senhora deve estar “embarreirando as mutretas” que costumam acontecer neste órgão.


Mas a turma do DETRAN, em qualquer Estado da Federação, é sempre assim. Se não der para faturar o “por fora”, alguém tem que dançar. 

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