sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A única com o passo certo



Ação da ABIN foi diferente da 

espionagem americana

Gerson Tavares
 








Conheço uma piada que explica tudo que a Dilma quis falar para mostrar que Obama errou, mas ela nunca erra. Esta piada é antiga, mas vale repetir: “desfile militar de 7 de setembro e entre aqueles que vão para as ruas assistir a passagem das tropas, lá estavam pai e mãe de um dos soldados que garbosamente marchavam. A mãe daquele soldado virou para o marido e falou – Olha só, amor, o nosso menino é o único de passo certo... Então o marido, vendo que realmente o seu filho era quem marcava a batida do surdo com pé contrário, perguntou à mulher – Amor... será que ele não é o único de passo errado?".

E é por ai que vejo a presidente Dilma Rousseff ao falar que “é muito diferente você violar soberania e violar direitos humanos”. Falo porque a presidente da República, Dilma Rousseff, negou que a espionagem feita pelos Estados Unidos pudesse ser comparada com a feita pela Agência Nacional de Inteligência (Abin) em 2003 e 2004. "Uma coisa muito diferente é você violar soberania e violar direitos humanos. E não há como comparar com o que a Abin fez em 2003 e 2004. Foi totalmente diferente". Diferente ou não, houve violação de direitos, mas como foi ordem do PT, ela quer esquecer que existiu.

Para Dilma, a espionagem americana "violou não só meios privados, mas também violou ligações telefônicas, violou a privacidade, e não só de chefes de estado, mas também de indivíduos e empresas, e dentro de um processo que não tem muita justificativa de luta contra o terrorismo". No caso americano, segundo Dilma, trata-se de um aparato de violação tanto da privacidade quanto dos direitos humanos e da soberania do País.

E a Dilma confirmou que o cancelamento de uma viagem que faria aos EUA foi por causa das espionagens e, questionada, se isso não configurava uma ruptura nas relações entre os dos países, Dilma disse que não. "Eu ia viajar, mas a discussão que derivou desse problema nos levou a tentar fazer com que eles nos pedissem desculpas ou prometessem que isso não mais se repetiria". “Tadinha” da Dilma, ela é tão frágil.

De acordo com ela, naquele momento ninguém sabia onde estava o delator do esquema de espionagem Edward Snowden e nem o que ele ainda tinha para revelar.

“No momento que eu pisasse nos EUA, eu e o presidente Obama estaríamos sujeitos a novas denúncias. Não houve ruptura das relações entre Brasil e Estados Unidos". De acordo com Dilma, ficou claro para ela que Obama ficou constrangido com a situação e ela ficou toda prosa por aparecer como “santinha”.

"Não é uma questão minha ou dele. É uma questão política. Mas na minha condição de presidente eu não poderia permitir que os cidadãos, aos quais eu devo satisfação, tivessem os seus direitos violados".

Mas no fundo, acho que o brasileiro deveria se tocar que os seus direitos já foram violados desde que o partido dos piratas assumiu o governo.


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