TCU recomenda dar um ‘stop’
em obras da
Dilma
Gerson Tavares
No passado essas coisas
tinham outros nomes, mas no período do PT, aquelas coisas passaram a ser
apenas “erros de projeto”. E assim sendo, o Tribunal de Contas da União
resolveu que aqueles erros de projetos e superfaturamentos estão entre as
razões da recomendação de parar as obras da Dilma Rousseff. E esta lista de
desmandos inclui quatro obras que a Dilma visitou ao longo deste ano e nem
notou que estava tudo “armado” para desvio de verba.
Foi então que o TCU decidiu
recomendar ao Congresso a paralisação de sete obras com indícios de
irregularidades graves que receberam recursos federais entre julho de 2012 e
junho deste ano, quatro delas do Programa de Aceleração do Crescimento, aquele
“famigerado PAC”.
Como já falei lá no
início, no relatório estão ressalvas a quatro obras que foram visitadas pela
presidente Dilma Rousseff e que deveriam ter o repasse de verbas parcialmente
bloqueado. Mas há menos de um mês, a presidente esteve em Salvador, na Bahia, para
participar da cerimônia de assinatura do contrato do metrô da capital baiana,
metro este que já está debutando sem nem ao menos existir. Na sua decisão, o
TCU recomendou ao Congresso que retenha o repasse de recursos para as obras civis
de implantação da linha e para o fornecimento e implantação dos sistemas.
Segundo suas investigações, há indícios de superfaturamento e de problemas no
projeto executivo.
Também em Salvador,
Dilma anunciou uma visita às obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste
(Fiol), no interior do Estado. Segundo afirmou a própria presidente em seu
discurso, as obras da Fiol estão "a pleno vapor". "O olho do
dono engorda o boi, então nós vamos ver o nosso boi nos trilhos".
Mas pela avaliação do
tribunal, no entanto, os canteiros deveriam ser paralisados. O órgão avalia que
a ferrovia tem um projeto básico deficiente, que implica soluções de engenharia
onerosas. As medidas corretivas não foram integralmente cumpridas pela Valec,
estatal responsável pelas obras. O TCU só recomenda a interrupção caso haja
potencial risco de prejuízo ao erário.
O contato da presidente
com obras que, de alguma maneira, apresentam irregularidades não para por aí.
Também neste ano, em 12 de março, Dilma visitou as obras do Canal do Sertão, no
interior de Alagoas. No exame que fez dessa obra, a fiscalização do TCU
constatou indícios de superfaturamento e sobrepreço devido às inconsistências
no contrato e a preços excessivos em serviços, insumos e encargos.
E a Dilma também visitou
as obras do túnel da Ferrovia Norte-Sul em Anápolis, no estado de Goiás, onde o
TCU encontrou indícios de superfaturamento e sobrepreço e recomendou suspensão
parcial do repasse de recursos.
E aqui vai mais um
exemplo, que foi a visita da presidente a Fortaleza, no Ceará, onde ela
inaugurou estações do Metrô em 18 de julho. No caso, o tribunal recomendou a
retenção parcial dos repasses por indícios de superfaturamento nas obras.
Bem, acho que já chega
de falar da Dilma. Mas tenho a impressão que a Dilma faz todas essas visitas,
para que alguém fale alguma coisa sobre ela, mesmo que seja contra. Ou então é para ver se o dinheiro está sendo bem divido e depositado.
E falar mal da Dilma até cansa, mas o que fazer se falar bem é
impossível.
Ela só faz “merda”.
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