quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Medo de rejeição


Dirceu decidiu optar por 'plano B’


Gerson Tavares
 





Ontem falei da opção do Zé que está cotado para ser gerente do hotel Saint Peter em Brasília, só não falei que aquela não era a opção preferencial do “bandido e ex-ministro” que foi condenado por assumir em lugar do “chefe”, o comando da “quadrilha do mensalão”.

Este emprego é só uma jogada dos advogados do “bandido”, porque foi considerado como o de menor risco de rejeição por parte do juiz Bruno Ribeiro, que é o responsável pela execução da sentença, e poderia negar a autorização para que Dirceu saia da Penitenciária da Papuda às 7h e retorne às 19h diariamente para trabalhar.

Amigos e auxiliares do ex-ministro (auxiliares ou parceiros?) dizem que ele tinha como preferência abrir uma filial ou transferir para Brasília sua empresa de consultoria. Assim ele teria mais liberdade para coordenar o movimento em sua defesa, fazer contatos profissionais e atualizar seu blog. Além disso, poderia usufruir de um espaço confortável no período em que estivesse fora do presídio, que, quem sabe? Poderia ser um gabinete ao lado da Dilma, ao lado de Renan, ou de qualquer que dê oportunidade para dar mais golpes no povo.

"O juiz de execução poderia negar a autorização de trabalho caso julgasse que o emprego pudesse dificultar a execução da pena ou fosse uma forma de burlar a lei". Esta é a colocação do advogado criminalista Pierpaolo Bottini, responsável pela defesa de Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho, na primeira etapa do julgamento do mensalão.

A segunda opção para José Dirceu seria trabalhar em um escritório de advocacia. Já tinha até sondado alguns profissionais amigos, entre eles Hélio Madalena, Sigmaringa Seixas e Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Mas de todos, só Madalena aceitou contratar Dirceu. Mas aí apareceu um empecilho: “Ele é muito marcado como amigo do atual bandido e ex-ministro, Zé".

Mas como o Zé está cercado de empecilhos, nesse caso existe o pedido de cassação do registro do ex-ministro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entidade até agora nada falou sobre o mensalão, mas todos sabem que ela costuma ser sensível a casos nos quais a condenação criminal já transitou em julgado.

Mas como existem “safados” em todas as esferas, foram inúmeras as opções de trabalho que ele recebeu, mas pelo que diz o advogado Marco Aurélio Carvalho, “a escolha do hotel, entretanto, é a que preenche todos os requisitos necessários para o deferimento do juiz". Carvalho é coordenador jurídico do PT e um dos principais aliados do Zé no partido.

Mas muitos dizem que a opção pelo hotel é provisória e que um pedido para outro trabalho deve ser feito. Mas isso só deve acontecer depois de outubro de 2014, após as eleições e quando o ministro Joaquim Barbosa deixar a presidência do Supremo.


Então fica aí declarado o “grande golpe” do Zé. Pelo que se vê neste caso, Joaquim assusta os "bandidos" e Lula, que é um bom professor, não deixaria o Zé fazer mais uma "burrada".

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