Dirceu decidiu optar por 'plano B’
Gerson Tavares
Ontem falei da opção do
Zé que está cotado para ser gerente do hotel Saint Peter em Brasília, só não
falei que aquela não era a opção preferencial do “bandido e ex-ministro” que
foi condenado por assumir em lugar do “chefe”, o comando da “quadrilha do mensalão”.
Este emprego é só uma
jogada dos advogados do “bandido”, porque foi considerado como o de menor risco
de rejeição por parte do juiz Bruno Ribeiro, que é o responsável pela execução
da sentença, e poderia negar a autorização para que Dirceu saia da
Penitenciária da Papuda às 7h e retorne às 19h diariamente para trabalhar.
Amigos e auxiliares do
ex-ministro (auxiliares ou parceiros?) dizem que ele tinha como preferência abrir uma filial
ou transferir para Brasília sua empresa de consultoria. Assim ele teria mais
liberdade para coordenar o movimento em sua defesa, fazer contatos
profissionais e atualizar seu blog. Além disso, poderia usufruir de um espaço
confortável no período em que estivesse fora do presídio, que, quem sabe? Poderia
ser um gabinete ao lado da Dilma, ao lado de Renan, ou de qualquer que dê
oportunidade para dar mais golpes no povo.
"O juiz de execução
poderia negar a autorização de trabalho caso julgasse que o emprego pudesse
dificultar a execução da pena ou fosse uma forma de burlar a lei". Esta é
a colocação do advogado criminalista Pierpaolo Bottini, responsável pela defesa
de Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho, na primeira etapa do julgamento
do mensalão.
A segunda opção para
José Dirceu seria trabalhar em um escritório de advocacia. Já tinha até sondado alguns
profissionais amigos, entre eles Hélio Madalena, Sigmaringa Seixas e
Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Mas de todos, só Madalena aceitou
contratar Dirceu. Mas aí apareceu um empecilho: “Ele é muito marcado como amigo
do atual bandido e ex-ministro, Zé".
Mas como o Zé está
cercado de empecilhos, nesse caso existe o pedido de cassação do registro do
ex-ministro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entidade até agora nada
falou sobre o mensalão, mas todos sabem que ela costuma ser sensível a casos
nos quais a condenação criminal já transitou em julgado.
Mas como existem “safados”
em todas as esferas, foram inúmeras as opções de trabalho que ele recebeu, mas
pelo que diz o advogado Marco Aurélio Carvalho, “a escolha do hotel, entretanto,
é a que preenche todos os requisitos necessários para o deferimento do
juiz". Carvalho é coordenador jurídico do PT e um dos principais aliados
do Zé no partido.
Mas muitos dizem que a opção
pelo hotel é provisória e que um pedido para outro trabalho deve ser feito. Mas
isso só deve acontecer depois de outubro de 2014, após as eleições e quando o
ministro Joaquim Barbosa deixar a presidência do Supremo.
Então fica aí declarado o “grande
golpe” do Zé. Pelo que se vê neste caso, Joaquim assusta os "bandidos" e Lula, que é um bom professor, não deixaria o Zé fazer mais uma "burrada".
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