Doar sangue é salvar vidas
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Câmara
quer cassar supersalários de ministros
Todos
sabem que “supersalário” e uma tônica em qualquer quadro dos Três Poderes da República
brasileira. Mas quando “a corda aperta”, todos querem tirar do próprio pescoço
aquele laço ameaçador. Mas logo que eles se vêm sem o perigo rondando o “seu
quadrado”, começam a procurar pelos outros setores quem também tem que perder
as vantagens, não porque eles acham absurdas aquelas vantagens, mas é o meio
que encontram para voltarem a ter o mesmo direito.
E
como foi o Tribunal de Contas da União, o famoso TCU que cortou o pagamento
acima do teto constitucional de servidores da Casa, a cúpula da Câmara tratou
de preparar o contragolpe. Se sentindo atingidos pela decisão do Tribunal de
Contas da União, os sete integrantes da Mesa Diretora resolveram que irão se
reunir para discutir um parecer técnico do setor jurídico da Casa que enquadra ministros
do órgão que deverão ter os supersalários cortados.
E
como a medida ocorre cerca de um mês após o jornal “O Estado de São Paulo”
revelar que ao menos quatro integrantes do TCU acumulam rendimentos que
extrapolam o teto constitucional que hoje está fixado em R$ 28.059,29, e
recebem até R$ 47 mil por mês, ficou clara a desforra. Eles se apoiaram numa
resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), válida para integrantes do
Judiciário, e somam ao contracheque do tribunal as aposentadorias obtidas como
parlamentares.
E
assim sendo, caso ocorra uma decisão da Câmara, a princípio, ela deve atingir o
presidente do TCU, Augusto Nardes, e os ministros José Múcio Monteiro e José
Jorge, que se aposentaram como deputados. Valmir Campelo, que se aposentou como
senador, não seria atingido pela medida.
O
responsável por ratificar as despesas da Câmara, o primeiro-secretário,
deputado Márcio Bittar, do PSDB/AC, diz que a tendência é que seja apresentado
um parecer técnico propondo que não seja feito pagamento acima do teto para
ninguém.
Mas
apesar de o assunto ser considerado urgente pelos membros da Mesa, deputados
não descartam que o tema seja conduzido "em banho-maria" pelo
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), uma vez que, entre as
atribuições do TCU, está a realização de auditorias nas contas do Congresso.
“Quem
tem, tem medo”.
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