Subiu, mas não o que precisava
Quando ela sente que a
eleição está chegando, Dilma vê que a “profecia” do seu marqueteiro esta indo
por água abaixo. Só agora os petistas estão vendo que os jovens eleitores não
estão aceitando suas desculpas e armações.
Mesmo depois de, nos
últimos quatro meses, a presidente Dilma lançar novos programas, depois de viajar
mais pelo País fazendo pronunciamentos que nada diziam, depois de denunciar a
espionagem dos Estados Unidos em discurso na ONU, depois de distribuir máquinas
a centenas de prefeitos e até mesmo, fazendo três pronunciamentos em rede
nacional de televisão, mesmo assim, a Dilma não viu a profecia e a previsão de seu
marqueteiro, João Santana, se concretizar. Ele falou que até novembro
recuperaria a popularidade perdida na onda de protestos de junho.
Mas a recuperação de
Dilma foi parcial e está parada há dois meses. Depois que a avaliação positiva
do governo desabou, entre junho e julho, houve uma leve melhora, em agosto, mas
foi só isso que aconteceu, pois depois daqueles “pontinhos”, nada mudou.
E para piorar, parece
houve um acirramento de posições e os diferentes segmentos da sociedade se
colocaram em posição de alerta. Os jovens e velhos, ricos e pobres, nunca
divergiram tanto sobre a gestão da presidente.
Em agosto, depois de
Dilma responder à pressão das ruas com o lançamento de "cinco pactos a
favor do Brasil", a avaliação positiva do governo subiu sete pontos
porcentuais, o que dava para pensar que 10 milhões de brasileiros tivessem recuado de sua postura de animosidade. Só que 23,5
milhões não voltaram para o ninho governista, nem em agosto, nem em setembro,
nem em outubro.
Um grande contingente
que não se deixou convencer pelas políticas de Dilma e pelo marketing de João
Santana e entre eles há eleitores de todos os tipos, mas alguns segmentos se
destacam: os mais jovens, os mais escolarizados, os de renda mais alta e os
moradores de municípios médios e grandes.
Em junho, a taxa de
aprovação ao governo era quase igual entre os eleitores de até 24 anos (57%) e
os de mais de 55 anos (58%). Os protestos de rua acabaram com essa sintonia. A
pesquisa Ibope de outubro mostrou aprovação de 45% entre os mais idosos e de
apenas 32% entre os mais jovens. Ou seja, Dilma perdeu quase metade de seus
simpatizantes entre os mais novos, e um quinto do apoio entre os mais velhos.
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