Existe Comissão de Ética Pública
da
Presidência da República?
Gerson Tavares
Está ai uma
interrogação que não posso aceitar que apareça quando se fala de governo: “O que
é ética?”. Mas infelizmente estamos num Brasil onde as palavras, moral e ética,
não fazem parte do dicionário dos políticos.
Mas por unanimidade, a
Comissão de Ética Pública da Presidência da República, (existe?) decidiu
aplicar advertência ao presidente do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade), Vinicius Carvalho. Na prática, a punição vai constar no
currículo de Carvalho.
Este processo foi
aberto após o jornal “Estado de São Paulo” revelar que Carvalho omitiu, em ao
menos quatro currículos oficiais, ter trabalhado para o deputado estadual Simão
Pedro, do PT, responsável por representações que apontavam suspeitas de
formação de cartel, superfaturamento e pagamento de propina envolvendo
contratos do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Na ocasião, Simão Pedro
alegava que não mantinha mais contato com Vinícius após sua posse no Cade. Só
não esperava o Simão que o jornal, na semana passada, mostrasse que o deputado
levou informações sobre o caso a Vinícius meses antes de o Cade fechar um
acordo de leniência com a Siemens.
Segundo o presidente da
comissão, Américo Lacombe, o motivo que levou à aplicação de advertência a
Vinícius Carvalho foi o fato de ele ter assumido a presidência do Cade sem ter
sido efetivada a sua desfiliação do PT.
E assim Lacombe expõe o
“drama” de Vinicius: "Ele (Carvalho) não tomou providências necessárias
para cancelar o registro dele do partido. Ele pediu, mas não foi atrás, não foi
à Justiça Eleitoral. Tanto que algum tempo depois, depois de ele já ter se
desligado do partido, numa relação do partido aparece o nome dele como
integrante. Ele já não era mais integrante, mas não tomou esses cuidados,
entendeu? Ele não teve essa cautela, foi isso".
Mas para Lacombe, não
há semelhanças entre o caso Cade e o de Elano Figueiredo, que foi demitido da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), após o Estado revelar que
Figueiredo omitiu do currículo público ter trabalhado para a operadora de saúde
Hapvida.
E mais uma vez Lacombe
falou: "Ele (presidente do Cade) não omitiu. Ele disse sempre que estava
desvinculado do PT. Ele nunca omitiu isso. Ele não tomou as providencias
burocráticas, só isso. Ainda, sem ele saber, ele não teve o cuidado, foi
imprudente. O outro, não (Elano). O outro fez omissão", disse Lacombe.
Tá bom Lacombe, mas, e
no caso de Dilma que colocou em seu currículo seus títulos de “Doutora” e
“Mestra”, sem ter nem um nem outro título. Isto é crime?
É Lacombe, este é um
crime sem precedentes em currículo de uma pessoa que chegou ao cargo máximo da
República. Será que este deverá ser esquecido? Afinal, ela é “filhote” de Lula
e uma “democrata guerrilheira”.
Para Dilma vale tudo. O
que é ética perto dela.
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