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Dossiê
preocupa comando do PT
Como sempre digo, “quem tem, tem medo”. E esta é a atual situação dos integrantes do comando nacional do PT que estão indicando que se preocupam com possíveis iniciativas do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no caso do mensalão. Ele fugiu do Brasil para Itália com um dossiê com detalhes sobre a campanha do candidato à presidência nas eleições de 2002, Luiz Inácio da Silva.
E dirigentes petistas
já estão sinalizando que precisam conversar “urgentemente” com pessoas próximas
ao ex-dirigente do BB, que espera declaração mais firme de defesa por parte dos
companheiros de partido. Até agora, as manifestações do comando petista se
concentram no ex-presidente da legenda José Genoino, no ex-ministro José Dirceu
e no ex-tesoureiro Delúbio Soares, presos em Brasília em circunstâncias que o
partido considera abusivas.
Mas o caso Pizzolato
colocou o PT diante de uma situação difícil. O governo federal tem a obrigação
legal de conseguir o repatriamento de Pizzolato, um companheiro agora foragido
da Justiça brasileira. O ex-diretor do BB, que tem nacionalidade brasileira e
italiana, porém, se mostra inconformado com a sentença. E como Pizzolato
conheceu por dentro uma parte relevante da relação do partido com o
empresariado da campanha de 2002 até que estourou o escândalo do mensalão, esse
dossiê poderá levar o Lula para o banco dos réus, coisa que ele está devendo ao
povo brasileiro.
Quando Lula ainda era
candidato pela primeira vez, era o Pizzolato quem marcava encontros de Lula com
empresários. E como os petistas sabem que existem detalhes dessas reuniões que integram
o dossiê e que o ex-diretor do BB se disporia a usar em sua defesa na Itália,
chamou a atenção de membros da direção nacional do partido. Eles se preocupam
com possíveis consequências de revelações incômodas para o ex-presidente.
O partido há muito se
preocupa com possíveis reações de Pizzolato. Informações de que o ex-diretor do
BB, chave na campanha de Lula de 2002, estava inconformado e deprimido, corriam
o partido havia muito tempo. Mas a notícia do dossiê aumentou essas
preocupações.
Ouvi de um petista que
conhece o submundo do partido, que agora, com o Dirceu preso, fica difícil uma
solução. “Ninguém tem a coragem do Dirceu”, disse o petista..
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