terça-feira, 5 de novembro de 2013

Metendo a mão


Contas públicas são arrombadas


Gerson Tavares
 









Principalmente na época em que os aposentados começam a “contar com o ovo no feofó” da galinha, acontece alguma coisa para o governo não dar nem mesmo esperança de um aumento digno para os pobres aposentados. E desta vez o setor público já ampliou o déficit primário de agosto de R$ 432 milhões para R$ 9 bilhões. Foi assim que o setor público consolidado passou a ser o grande vilão da vez e apresentou déficit primário de R$ 9,048 bilhões em setembro, segundo informações do Banco Central.

Foi este o pior resultado para o mês da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001. Em agosto, o resultado já havia sido negativo em R$ 432 milhões. Em setembro do ano passado, houve superávit de R$ 1,594 bilhão. Este resultado foi abatido pelo mau desempenho das contas com a Previdência e foi muito pior que o esperado por analistas.

Dizem eles que o pagamento do 13º salário de aposentados e pensionistas, sempre eles, pesou nesta conta e, como avançou sobre setembro, continuou refletindo negativamente, elevando o rombo da Previdência e o déficit fiscal no mês.

Claro que a culpa é sempre dos aposentados, que ficam dificultando dos governantes que assim, com essa ganância dos “velhinhos”, muitas vezes ficam sem poder mais e acabam ficando com migalhas.

A meta cheia de superávit primário para este ano era de R$ 155,9 bilhões, cerca de 3,1% do PIB, mas foi reduzida diante da economia fraca e da elevada renúncia tributária decorrente das desonerações. O chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, salientou que o superávit primário acumulado no ano, de R$ 44,965 bilhões, é o menor registrado pela instituição desde 2009 para o período, quando somou R$ 38,6 bilhões de janeiro a setembro. Em 12 meses, o superávit primário acumula um saldo de R$ 74,1 bilhões ou o equivalente a 1,58% do Produto Interno Bruto (PIB). Esta variação, de acordo com Maciel, é a menor desde novembro de 2009, quando ficou em 1,33% do PIB.

Assim sendo, será que não seria hora de “matar” os aposentados? Esta medida seria fácil, já que a cada aposentadoria o governo poderia dar um brinde ao “velhinho”, que seria um bom choque ao anunciar que ele já estaria devendo todo o déficit das contas públicas.


Com a sua morte, quem sabe se não zerávamos esse déficit?  

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