Timóteo como advogado de defesa, o que esperar do cliente?

Gerson Tavares

Depois que falei aqui que o vereador paulistano, Agnaldo Timóteo estava saindo em defesa do Thor Batista, sabia que o desdobramento viria logo a seguir. Se o Timóteo, que chegou a ter sua carteira apreendida por perdas de “muitos pontos” se coloca do lado de outro motorista, é bom investigar melhor este condutor.

E não é que o Thor só é primário em processo por atropelamento, porque um senhor de 86, que foi atropelado em 2010 pelo mesmo playboy não deu queixa do atropelamento sofrido na zona oeste da cidade, na Avenida Sernambetiba, na Barra da Tijuca.

Mas pelo que dá para notar, parece que o Thor não gosta mesmo é de bicicleta, pois aquele senhor também estava em uma bicicleta. Já o filho do Eike estava a bordo do Audi de placa EBX 0001. Ele deu toda a cobertura ao tratamento do atropelado e pagou o tratamento. O atropelado fraturou o acetábulo, que é aquela parte onde se encaixa a cabeça do fêmur à bacia e hoje, com duas placas e cinco parafusos está praticamente recuperado.

A família do senhor atropelado diz que resolveu não apresentar queixa e também não pedir indenização. E aí vem aquela dúvida: a família resolveu ou resolveram pela família? Sim, porque registrar o atropelamento e depois encarar um advogado do atropelador já é complicado quando o motorista é uma pessoa “normal”, mas encarar um corpo de advogados de uma pessoa que é “pobre” de rica, que se apresenta para depor cercado por seguranças que normalmente são policiais, aí já passa a ser covardia.

Quando acontece um caso como esse, o melhor mesmo, na cabeça do pobre, é receber as “polpudas esmolas” que são oferecidas e deixar para lá.

Mas na verdade mesmo é que esse Thor é o terror no volante. E o pior é a culpa é do Detran-RJ que deixou que ele ficasse com uma carteira que ele não tem direito de portar. Se antes de receber a carteira definitiva ele já havia sido flagrado em várias infrações, como e porque o Detran deu a carteira definitiva?

Bem, é o mesmo caso da família do senhor atropelado... "É quando o dinheiro fala mais alto".