quarta-feira, 14 de março de 2012

José Dirceu continua dando o seu pitaco

Gerson Tavares 



Todos falam que a turma aliada está em crise, mas tem gente que conhece a fundo essa onda que só serve para que os “companheiros camaradas” arrumem “mais algum por fora”. Estou falando de um dos mais perigosos armadores que já apareceram na política do País, José Dirceu. E ele minimizou aquilo que estão chamando de crise entre os aliados da presidente Dilma Rousseff e ainda fez gozação com a crítica de setores do PMDB de que o PT usa o governo para buscar hegemonia nas eleições. 

Segundo o “ex-Golbery da esquerda”, esquema de coalizão dentro do governo sempre é dura no mundo todo. Existe unidade, mas com muita luta. Para o “articulador do mensalão”, toda essa “crise” não vai dar em nada porque a Dilma Rousseff tem “liderança” para resolver. Lógico que onde ele fala em “liderança”, podemos tranquilamente ouvir “negociação”, porque é exatamente uma “negociação” que está sendo acionada e com muita “grana na mão” para que o governo domine todos os aliados “goela grande”. 

Dessas negociações o José Dirceu conhece bem, se bem que se tiver um “Roberto Jefferson” entre os aliados, aí já iria custar mais cara qualquer negociata, porque senão ele “botava a boca no trombone” e aí o “caldo entornaria”. E como um dos mais influentes articuladores do partido, Dirceu já entrou nas negociações e cobrou dos peemedebistas que examinassem locais em que o PT abriu mão de candidaturas em 2010. 

Diz ele que o PT não quer hegemonizar, mas basta olhar o apoio que deu ao PMDB nas eleições de 2010 para ver que sempre há negócio, para ser mais preciso ele deveria falar "negociata". Não podemos esquecer que o Zé é réu no processo do mensalão que corre no STF porque sempre distribuiu dinheiro entre os aliados. Assim sendo ele sabe o tamanho, tanto do PMDB como do PT, já que muitos mais peemedebistas que petistas foram à sua sala receber o pagamento mensal até acontecer aquele grande escândalo, e sabe que o PMDB vai continuar sendo o partido em maior número de prefeituras, mas ressalvou que as duas siglas já empataram em número de votos. 

E para mostrar que ele está articulando as negociatas, Dirceu participou da posse do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli na Secretaria do Planejamento da Bahia. Gabrielli, que é um dos fundadores do PT baiano, é o escolhido do ex-presidente Lula para a sucessão do governador Jaques Wagner em 2014. 

Lá em Salvador Zé Dirceu conversou com petistas e peemedebistas e agora só falta acertar a “grana” para voltar tudo às boas na base de governo.

2 comentários:

Jorge Campos disse...

Enquanto o País estever sob o comando desses politiqueiros, José Dirceu estará dando ordens. Ele sabe a vida de todos e segura todos pelo rabo.
São Paulo

Norberto Flores disse...

Vamos aproveira que o Romário falou que o Ricardo Teixeira fora da CBF foi a retirada de um câncer do futebol, o que ele poderia dizer se o Zé Dirceu fosse extirpado da política?
É mais ou menos por aí ou até pior.
Santo André -SP