segunda-feira, 12 de março de 2012


A SAÚDE DO BRASIL VAI MUITO MAL, OBRIGADO
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Gerson Tavares



Alexandre Padilha resolveu abrir o verbo sobre a situação da Saúde no País, mas parece que não agradou muito aos “companheiros camaradas”. O governo sempre empurra com a barriga quando o assunto é em benefício da população, e falar que a Saúde está mal é o mesmo que pedir solução para a saúde do povo.

E a bronca da turma foi porque o Alexandre divulgou um índice, que foi elaborado pelo próprio governo onde é revelado que somente 1,9% da população brasileira estão vivendo em municípios cujos serviços públicos de saúde têm notas que alcançam a meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Isso quer dizer que apenas um total de 3,6 milhões de pessoas residem nas 347 cidades com nota acima de 7,0 no Índice de Desempenho do SUS.

Assim sendo, trata-se de uma parcela menor que a dos 5,7 milhões de brasileiros que vivem nas 132 cidades com os piores serviços do Sistema Único de Saúde, isto é, com notas inferiores a 3,9. A média nacional resultante do índice é 5,4.

E foi aí que começou a encrenca, porque o Rio de Janeiro é a capital com pior avaliação do atendimento do SUS, diz o Ministério da Saúde. Segundo o ministro, a população está certa ao avaliar saúde pública como ruim, num todo, mas a do Rio realmente tem todos os direitos para reclamar muito mais.

O ministro também solta a bomba para cima da Dilma Roussef quando diz que o maior corte no orçamento federal, de R$ 5,4 bilhões, foi no Ministério da Saúde. E o Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS, abriu o jogo: “O país passou raspando, na nossa avaliação”.

Mas Eduardo Paes, o “prefeitinho folião” não gostou daquilo que viu sobre a fala do ministro da Saúde e se virou contra o Padilha. Diante disso, a Dilma tratou de chamar o ministro da Saúde às falas, para dizer que ele não deveria ter falado o que falou, afinal, o Paes é parceiro e ela precisa muito dele agora que as eleições estão aí, batendo às portas.

Só que segundo o Ministério da Saúde, o índice, que será atualizado a cada três anos, pretende avaliar o desempenho dos serviços oferecidos pelo SUS nos municípios e aí não tem como esconder. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou o lançamento do novo índice como parte de uma "obsessão" do governo em avaliar seus serviços e atribuiu à própria presidente Dilma Rousseff a cobrança. E como o Padilha não está aí para segugar bucha soltou: “O SUS não pode, de forma alguma, temer o processo de avaliação. [...] Muito pelo contrário: tem que ser algo visto como fundamental para que a gente dê conta de avançar no SUS".

Mas a Dilma, se juntando ao Eduardo Paes, tentou tirar a força da declaração do Padilha e falou que a pontuação que vai de 0 a 10, levaram em conta dados sobre saúde básica, ambulatorial, hospitalar e de emergência repassados pelos municípios a bases de dados nacionais (IBGE, Ipea, entre outros) entre 2008 e 2010.

E aí vem o Paes e diz que em 2011 a Saúde no Rio foi bem melhor.

Só que o “cara-pálida” esqueceu de dizer que a melhora foi na rede particular.

2 comentários:

José Roberto Oliveira disse...

E por acaso o Eduardo Paes acha que alguma coisa melhorou na Saúde em 2011. Esse cara é um sonhador ou então está sacaneando a gente.
Rio de Janeiro

Hilário Nogueira disse...

O Padilha subiu no meu conceito e depois que a Dilma Rousseff tomou as dores do Eduardo Paes, fica provado que se a Saúde não está bem, a culpa não é do Ministro e sim da presidente.
Belo Horizonte