terça-feira, 20 de março de 2012


Lula sabe que sem ele Dilma não existe

Gerson Tavares
 

Lula venceu uma eleição em 2010 assumindo o nome de Dilma Rousseff. Depois da eleição ele deixou que a Dilma assumisse na certeza que ela iria fazer suas “cacas” e assim ele fosse lembrado para 2014.

E como “pai da criança”, Lula tornou-se o fiador do governo Dilma Rousseff, mas por problemas de saúde teve que sair um pouco da linha de frente, mas agora, mesmo estando se restabelecendo de uma pneumonia ele se viu obrigado a romper o seu silêncio que havia sido imposto pelos seus médicos e se colocou ombro a ombro com a presidente Dilma Rousseff no confronto com os partidos da base aliada.

E para começar a demonstrar que está no comando, ele falou ao novo líder do governo no Senado, Eduardo Braga, que é do PMDB do Amazonas: “A Dilma está certa. Vale a pena essa luta, porque essa é a boa luta”.

Com esta frase Lula deu a primeira mostra de sua participação para dar fim a crise política entre o Planalto e partidos da base. E o ex-presidente deu total apoio para as mudanças feitas por sua sucessora, quando resolveu falar tanto ao governo como ao Congresso.

A presidente decidiu trocar os líderes do governo na Câmara e no Senado após ter sido derrotada na recondução de Bernardo Figueiredo como diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres. E Lula sabe que se ela deixar passar essa “revolta”, nunca mais irá “segurar o pião na unha”.   

Mas uma coisa fica provada com essa ida do Eduardo Braga a São Paulo visitar o ex-presidente ainda no hospital Sírio Libanês, onde o ex-presidente estava internado, depois da infecção pulmonar que o acometeu no início do mês, em decorrência da baixa de imunidade provocada pelo tratamento de radioterapia contra o câncer na laringe: Lula ainda manda.

Na conversa com Eduardo Lula falou que o Brasil de hoje não é mais o Brasil de 2002, quando ele assumiu a Presidência. Disse que é hora de fazer uma “frente pela transformação”. O ex-presidente disse que tem esperança de que esta transformação aconteça e está pronto para ajudar a levar à frente essa virada.

Como Eduardo Braga sentiu que sua ida a São Paulo não havia passado em branco, tratou de falar para a imprensa que foi a paulicéia para rever o amigo convalescente, mas não deu para esconder que também se aconselhou com o ex-presidente.

Disse Eduardo que o apoio de Lula à conduta política do governo neste momento tem significado especial diante do quadro de base conflagrada e uma insatisfação generalizada de aliados com ameaças.

Mas se eu fosse o Eduardo Braga, iria mesmo era me aconselhar com o João de Deus, aquele que curou o câncer do Lula.

Aquele sim, sabe das coisas.  

2 comentários:

Núbia Valladares disse...

A Dilma está mais perdida que cego em tiroteio. Ela corre para o Lula, mas não quer dar o braço a torcer que não sabe decidir nada sozinha, mas está mais que provado que sem Lula ela não existe.
O chato é que ficamos nesse chove e não molha e o Brasil sem governo, com esse bando de malucos falando de tudo, menos aquilo que poderia ser bom para o povo.
A sorte desses políticos é que o brasileiro está mais preocupado com o futebol e a Copa do Mundo é o grande assunto do governo nos dias de hoje.
Belo Horizonte

Aldo Lucca disse...

Esta é uma verdade. Dilma sem o seu criador, não é nada. Mas com ele, é essa loucura que aí está.
São Paulo