terça-feira, 23 de junho de 2009

Sarney se recusa a limpar lixeira do Senado




José Sarney disse que ninguém vai
acobertar irregularidades no Senado

Foto: Geraldo Magela



Foram mais de duas horas de cobranças, onde os senadores fizeram fila para discursar e cobrar por “limpesa” no Senado. Depois de tudo que ouviu, como se tudo fosse uma grande novidade para ele, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse que não vai acobertar ninguém. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu que Sarney se licencie do cargo até a apuração das denúncias de irregularidades contra a administração do Senado, mas parece que esta não é uma boa saída para o Ribamar.

“Eu quero dizer à Casa que fique tranquila, que ninguém vai acobertar ninguém e vamos punir, em quatro meses. Já abrimos inquérito, colocamos na justiça para julgar os culpados, já abrimos sindicância para apurar os fatos. A comissão tem sete dias e estamos caminhando nessa direção”, disse o maranhense do Amapá.

Mas na verdade, Sarney se nega a “limpar a lixeira da cozinha” do Senado. E para dar provas que é absoluto, falou: “Eu julguei que, quando fui eleito presidente, era para presidir politicamente a Casa e não para ficar submetido a procurar a dispensa ou limpar o lixo das cozinhas da Casa”.

Vários senadores pediram hoje a Sarney a demissão do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, que perdeu o cargo depois da descoberta de que omitiu a propriedade de uma mansão de R$ 5 milhões. Mas Sarney, foi padrinho de casamento da filha de Agaciel, sabe que não pode meter a mão em vespeiro. Por isso ele faz de desentendido e vai empurrando a crise do senado com a pança.
Afinal, Lula sabe que ele é um “fiel homem incomum”.

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