Mais um corrupto que pode se dar mal

STF abre investigação sobre 

Valdemar Costa Neto

Gerson Tavares

 

Sempre tem alguém devendo alguma coisa que não presta, quando esse alguém faz parte de partido aliado ao governo do PT. Por mais que a luta contra os bandidos seja acirrada, sempre é uma luta difícil porque são muitos os bandidos e seus defensores.  

Assim sendo, desta vez foi o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a abertura de inquérito para investigar a participação do deputado Valdemar da Costa Neto, do PR de São Paulo, em crimes desvendados pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

Foi atendendo ao pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que o TSF passou a procurar os erros de Waldemar. Pelo que Gurgel fala, há indícios de que o parlamentar tenha cometido corrupção passiva e advocacia administrativa, que é quando um funcionário público usa o cargo para defender interesses privados.

Mas como desde o ano passado o Waldemar Costa Neto já está “pedido”, quando foi condenado a sete anos e dez meses de prisão no processo do mensalão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, seus defensores dizem que agora é só mais uma “cosquinha” e nada mais. Pelo que todos sabem, ele recebeu dinheiro do “valerioduto” para apoiar o governo em votações importantes no Congresso Nacional e para convencer seus correligionários a fazer o mesmo.

No novo inquérito, Gilmar Mendes determinou, atendendo pedido do procurador-geral, que a Polícia Federal ouça depoimentos de cinco outros investigados no caso, entre eles, o ex-diretor da Agência Nacional das Águas (ANA) Paulo Rodrigues Vieira. O ministro também enviou ofício ao Tribunal de Contas da União pedindo informações. Gilmar decretou o sigilo das investigações, por conter dados confidenciais de escutas telefônicas.

A Operação Porto Seguro desvendou um suposto esquema de venda de pareceres técnicos do governo a empresas privadas, com a participação da cúpula de agências reguladoras. Gravações da Polícia Federal revelaram que Paulo Vieira, que chegou a ser preso pela Polícia Federal, pediu e teve a interferência de Costa Neto para realizar as fraudes.

No pedido de abertura de inquérito enviado ao STF, Gurgel transcreve conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal mostrando o vínculo entre o parlamentar e Paulo Vieira. “É preciso investigar como ocorriam as mencionadas trocas de favores, esclarecendo se eram vinculadas a solicitação ou recebimento de vantagens pelo parlamentar”.

Mas é preciso mesmo. Esse tal de Waldemar não é “flor que se cheire”. Não podemos esquecer que ele colocou até a mulher para pegar dinheiro do “valerioduto”?

Ele é um “safardana de carteirinha”!