A droga é uma droga

O perigo das drogas

Gerson Tavares

 

Vendo que o Uruguai resolveu faturar para cima dos viciados, passando a vender a maconha em farmácias, estive analisando o mal que tudo isso faz sobre o jovem e até mesmo sobre aqueles que já têm idade para pensar nos malefícios que essas drogas fazem ao ser humano.

E fiquei muito triste quando ouvi uma jovem de 21 anos falando que todos que são contra a maconha são os culpados pelo “atravancamento” do progresso do País. Será que ela entende como progresso ver uma nação de alienados que vivem se drogando por não conseguirem tomar atitudes de cabeça sadia? E será que serão esses jovens os responsáveis pelo futuro do Brasil? E também foi vendo a jovem falando aquela barbaridade, que resolvi não aceitar e, muito menos acreditar, que mais de 0,01% dos jovens brasileiros pensem assim.

Vendo que aquela jovem me tirava como um empecilho para o progresso do Brasil, cheguei à conclusão que o País está indo de mal a pior. Será que aquela jovem que ainda não viveu nem 30% de sua vida, quer dizer que o País terá um futuro de viciados? Mas o pior é que esta jovem, não é nenhuma ignorante, fazendo faculdade e tendo possibilidades de um futuro brilhante, mas do modo como vejo defender as drogas, o brilho poderá ser ofuscado pelo vício.

Ela não sabe nada do submundo das drogas. Por contingencias de minha profissão convivi com pessoas que eram viciadas, mas, diga-se de passagem, todos sempre me respeitaram e nunca fizeram uso de drogas perto de mim, mas dessas pessoas, que são em maioria pessoas famosas, “já foram dessa para uma melhor” por que não tiveram a “cabeça feita” pela natureza e procuravam na droga “fazer a cabeça”. 

Falo assim, porque um desses “bem conhecidos” e este muito famoso não só pela sua arte, mas também pelos estragos que o vício fazia em sua vida, sempre dizia: “Vamos respeitar o Gerson porque ele já é ‘cabeça feita’”. Infelizmente este é um dos que já se foram por culpa das drogas e por culpa dele próprio.

E voltando à jovem, este pensamento desta “ainda menina”, vem de muitos exemplos que são dados por pessoas de mais idade que acham que maconha não faz mal. Só esquecem esses, que a maconha, como planta, pode e deve ser estudada e usada como medicamento, mas como “droga”, ela é tão nefasta como qualquer outra. E se, como dizem, não faz tanto mal como as outras, ela é a porta de entrada para um mundo sem volta.

Mas ela encontra respaldo em pessoas de mais idade, que como falei, olham como natural o uso de maconha “socialmente”. Dizem alguns que “tenho amigos e até parentes que usam e são ótimas pessoas”, mas eles se esquecem, que muitos outros e isto, em grande maioria, usam a maconha para arranjar coragem para assaltar, matar, estuprar. E qual é a diferença destes para aqueles que fumam “socialmente”? É que os fumantes “socialmente” têm dinheiro para viver bem e ainda pagar pela droga àqueles que estão por aí, matando e levando o terror para os que não nasceram em “famílias abastadas”.

E eu, que não sou viciado e tenho raiva de qualquer vício, eu que não sou, nem sociólogo e muito menos político, vejo com muito medo o futuro deste Brasil. E o pior é que vejo que será neste Brasil que irão crescer meus netos, bisnetos e toda uma família que eu gostaria que vivesses em uma terra promissora.

Pobre futuro.