Francisco
joga o fardo sobre
os ombros dos jovens e da Igreja
Foi o que deu para
entender no último dia de sua visita ao Rio de Janeiro, quando a Jornada
Mundial da Juventude se despedia da cidade e dava início à caminhada para a
Cracóvia, que o Papa Francisco mostrou que acredita na juventude mundial.
Na missa da manhã de
domingo, Francisco pediu à multidão na Praia de Copacabana que não fique
“trancafiada” e sim, assuma uma missão missionária e de fortalecimento da
Igreja, em especial na América Latina. Ele falou que esta missão “é uma ordem,
sim, mas não nasce da vontade do domínio ou do poder; nasce da força do amor”. E
bradou: "A Igreja precisa de vocês".
“Não tenham medo!
Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao
enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: Eu estou com vocês todos
os dias. E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca
lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!”.
Mais tarde, falando aos
religiosos no Celam, Francisco falou sobre os desafios da igreja e os riscos da
ideologização da doutrina. O Papa
critica a ideologização da doutrina cristã, como o funcionalismo: "A sua
ação na Igreja é paralisante. Mais do que com a rota, se entusiasma com o
'roteiro'. A concepção funcionalista não tolera o mistério, aposta na eficácia.
Reduz a realidade da Igreja à estrutura de uma ONG". "Toda
a projeção utópica (para o futuro) ou restauracionista (para o passado) não é
do espírito bom. Deus é real e se manifesta no 'hoje'. A sua presença, no
passado, se nos oferece como 'memória' da saga de salvação realizada quer em
seu povo quer em cada um de nós; no futuro, se nos oferece como 'promessa' e
esperança". “A proximidade toma
forma de diálogo e cria uma cultura do encontro. Uma pedra de toque para aferir
a proximidade e a capacidade de encontro de uma pastoral é a homilia. Como são
as nossas homilias? Estão próximas do exemplo de Nosso Senhor, que 'falava como
quem tem autoridade', ou são meramente prescritivas, distantes,
abstratas?".
E então, mostrando que
os jovens não podem ficar sozinhos, falou Francisco: "Os bispos devem ser
pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e
misericordiosos. Homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como
liberdade diante do Senhor, quer a pobreza exterior como simplicidade e
austeridade de vida".
E em sua humildade completou:
"Agradeço-lhes a paciência de me ouvirem. Desculpem a desordem do discurso
e lhes peço, por favor, para tomarmos a sério a nossa vocação de servidores do
povo santo e fiel de Deus, porque é nisso que se exerce e mostra a autoridade:
na capacidade de serviço. Muito obrigado!".
Até Francisco sabe que
os jovens não podem contar com os governantes e sim, irem à luta para que sejam
expulsos do seio político esses aproveitadores que aí estão.
A LUTA TEM QUE CONTINUAR!
Um comentário:
Em momento algum o papa falou que o povo poderia contar com os políticos, mas também, depois das 'boas vindas' da Dilma, quando ela entrou na política em seu pronunciamento falando que o 'governo dela' é tudo aquilo que o papa falava, isso sem nem ao menos ouvir o pronunciamento dele, o que esperar que ele falasse? Que o governo está com o povo?
E isso ficou bem claro depois que, na despedida, no lugar da Dilma quem falou foi o Michel Temer, que mostrou que sabe o que o papa tem para dar ao pobre, que é a atenção.
Dilma pisou na bola e foi então que o papa Francisco sentiu que o povo está sozinho no caminho.
Brasília
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