sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Existem manifestações e manifestações


Precisamos olhar qual é certa 

e qual é errada

Gerson Tavares










Só os que conhecem os atos da bandidagem têm condições de entender o que é certo e o que é errado em relação às manifestações que acontecem no dia a dia da cidade do Rio de Janeiro. Claro que estou falando do Rio de Janeiro, porque conheço bem a cidade em que nasci e vivi a maior parte de minha vida.

Na terça-feira da semana passada aconteceu uma “manifestação” de “moradores” da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte da cidade, que terminou em tiroteio, com três ônibus incendiados e um carro da Polícia Militar depredado.

Esta grande confusão começou com os moradores da “comunidade” acusando policiais militares pela morte de Laércio Hilário da Luz Neto, de 17 anos. O jovem sumiu na noite da véspera e seu corpo foi encontrado na laje de uma casa na Rua 6, com sinais de asfixia, naquela noite de terça-feira.

Os moradores dizem ter visto um policial conversar com o rapaz e depois o rapaz seguiu o caminho. Como não houve incursão da PM naquela comunidade, o comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, coronel Francisco Caldas, esteve na comunidade e disse desconhecer qualquer tipo de abordagem a vítima feita por parte dos policiais da UPP do local.

Mas as manifestações foram providenciadas e como ali existe traficante de “dar com o pau”, por volta das 9 horas da noite “o pau começou a comer”. Atacaram veículos da Polícia Militar com pedras e garrafas. No meio do tumulto, três coletivos foram incendiados: um na esquina das Ruas Maragogi com Aimoré e dois na Rua Taperoá, todos nos arredores da comunidade.

E como o serviço é sempre bem feito, por conta das chamas, fios de alta tensão de postes foram atingidos. A viatura da PM foi depredada na Praça São Lucas, quase em frente à base da UPP do Parque Proletário, num dos acessos á Vila Cruzeiro. Ali perto do local do ataque, fica o núcleo do “AfroReggae” da comunidade, que foi atingida por tiros no dia 1º de agosto. Como a polícia não podia deixar que aquela loucura continuasse, para conter a manifestação, os policiais fizeram disparos de balas de borracha.

Por volta das 11 da noite a situação já estava controlada, mas foi exatamente aí que deu pare entender que a manifestação tinha dono. Depois de tudo serenado alguns disparos foram feitos já no início da madrugada da quarta-feira.

Não quero acreditar que o jovem tinha culpa no cartório e parece que não em relação à polícia, mas se ele tinha contas a prestar com os traficantes , aí já é um outro assunto. Mas uma manifestação como a que aconteceu, já partindo para a violência, normalmente é orquestrada pelos traficantes e como a população precisa estar de bem com a bandidagem que manda na “comunidade”, sempre acaba entrando na onda do quebra-quebra.

Isto, claro, neste caso de “comunidades” que ainda estão dominadas pelos traficantes, mas nas ruas, nas manifestações contra os desmandos dos políticos, quando começa o quebra-quebra, aí são os partidários dos governantes que aliados aos sindicalistas, fazem badernas para tentar desmoralizar os jovens que vão às ruas pacificamente para cobrar os direitos de um povo que já não suporta mais tantos escândalos e tantos bandidos travestidos de políticos, que não passam de traficantes de influência.

Mas voltando ao caso do rapaz da Vila Cruzeiro, Laércio Hilário da Luz Neto, de 17 anos, a Divisão de Homicídios (DH) revelou ontem que o laudo da necropsia complementar feita no corpo do rapaz, constatou que o adolescente morreu em decorrência de cardiopatia dilatada e edema pulmonar. O resultado descarta a hipótese de que a vítima tenha sido assassinada.

Por isto meu povo eu digo: "Acorda meu povo. Todos esses que aí estão, dentro das comunidades ou dentro de passeatas pacíficas, são traficantes de algum modo, mas todos são aproveitadores da inércia da população. Todos são bandidos. Não embarquem nessa porque tudo não passa de um grande barco furado".

2 comentários:

Osvaldo Nobre disse...

E agora? Quem luta por condenar a polícia sempre, quase sempre cai do cavalo. Existem policiais bandidos sim, mas é certo que todo bandido é sempre bandido.
Onde tem bandido, a população quer estar de bem com ele e então, se o bandido manda fazer bagunça, a bagunça é feita para incriminar a polícia. E neste caso dava exatamente para ver que os bandidos estavam por traz de tudo. E agora? Aquela comunidade vai pedir desculpas aos policiais da área?
Claro que não porque precisa estar bem com os traficantes.
Bonsucesso Rio

Barbosa disse...

E agora? Será que ainda tem gente crucificando os militares que estavam de serviço naquele dia. Todos sabem que a população sempre faz o que é de interesse dos traficantes. Claro que a culpa é dos governantes, porque mandam a polícia, mas não assume a comunidade deixando os policiais numa bananosa para conseguir fazer o trabalho.
Bonsucesso - Rio