Eike vai por água abaixo
Gerson Tavares
Eu nunca acreditei naquela estória que
o Eike Batista fosse o “bilionário” que todos falavam. Não seria possível que
alguém que vem de uma família que o máximo que o pai fez foi ser ministro de
Minas e Energia do Brasil e assim sendo, se ele deixou tanta grana para o
“filhote”, eu já via como “truta” da grande. Então alguém me disse que o Eike, no duro
mesmo, era “testa de ferro” de um grupo internacional.
Bem, se é assim até
pode ser que ele seja empregado de um grupo bilionário e então passei a
acreditar nessa estória. Veio à onda de quedas na Bolsa, as empresas
estrangeiras tendo que segurar suas despesas e então o grupo internacional
parou de investir tanto. Mas o Eike que não é bobo tratou de armar esquemas
para escapar da “degola” e então passou a comprar “coisas”, tais como o Hotel
Glória, por exemplo.
E os “negociadores” se
conhecem até pelo olhar e depois que o Fernando Cavendish estava indo de “vento
em popa” depois que, dizem, se associou ao governador do Rio de Janeiro,
ganhando todas as obras do Estado, Eike viu que ali estava a sua grande saída.
Mas só esqueceu o Eike
de ver que também depois que o Cavendish se “associou” ao Cabral, acabou caindo
em desgraça, tudo porque foi aí que notaram que todas as obras eram feitas sem
caminhar pelos caminhos legais. Foi então que o Fernando Cavendish teve que
entregar a Delta em mãos “mais ou menos estranhas” e se mandar para Paris,
onde, aliás, dizem estar vivendo muito bem.
Pois é, como o sócio
Cavendish se mandou, o Cabral se apresentou para ser sócio do Batista e assim,
com o Eduardo Paes, Cabral acertou que o Eike Batista poderia tranquilamente
ficar com a “Marina da Glória”, que passaria a ser a área de laser do Hotel
Gloria.
Mas parece que o
Batista não esperava que as obras do hotel fossem custar tão caro como foi
orçada e então resolveu que iria vender o hotel. Sendo assim ele resolveu
devolver a Marina ao Estado ou Prefeitura, isso porque já não sei o que é do Cabral e o que
é do Paes. Mas para tirar o peso das costas do amigo, os "sócios” aceitaram tudo numa boa.
Mas foi aí que, depois
do Estado resolver que o Maracanã deixaria de ser o “maior estádio do mundo”,
Cabral chamou o sócio e disse: “você ganhou a concorrência que não existiu e o
Maracanã é nosso”. Entregou, logo depois da Copa das Confederações à empresa ao
sócio e disse: “vamos faturar”.
Mas como tudo que eles
querem é realmente faturar, os sócios trataram de colocar os preços dos
ingressos lá na “estratosfera”. Assim sendo, eles achavam que iriam transformar
o futebol como esporte da elite. E como futebol vive do “Zé povinho”, as
arquibancadas que são de responsabilidade do consorcio, estão às moscas, com
meia dúzia de incautos espalhados entre aquele monte de cadeiras vazias.
Mas para enganar
aqueles que não se arriscam a pagar R$ 150 e até R$ 300, eles trataram de
pintar as cadeiras de cores diferentes. Assim, que está vendo pela televisão,
quando as câmeras passam de relance pela arquibancada, dá impressão que são
pessoas que estão ali com suas roupas coloridas.
Mas para ser mais
inteligente, só está faltando eles pintarem as cadeiras de acordo com os clubes
que estão jogando, e assim pintando dentro do padrão das camisas.
É isso... O Eike
Batista, que até há pouco tempo era tido com “bilionário”, atualmente, depois
de se associar ao Sérgio Cabral virou mi...lionário, mas com o Maracanã dando o
prejuízo que está dando, breve o Eike será mais um mi...serável.
Mas nada que o PT e seus aliados não
possam resolver dando uma “bolsa mutreta” para o agora "quase falido" Eike Batista.
Um comentário:
E agora? Será que o Consorcio Maracanã vai devolver o Complexo sem pagar multa? Pra mim, aí tem.
Tijuca
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