Cármen Lúcia suspendeu
acordo do TSE
com Serasa
Gerson Tavares
Hoje estamos servindo uma dose dupla já que assuntos importantes não podem ficar para amanhã.
O brasileiro está com a
sua vida nas mãos de meia dúzia de criminosos. Os crimes acontecem até mesmo pelos
órgãos oficias do governo e, como se não bastasse, com acordo entre um “órgão
oficial” e uma empresa que vive da venda de dados dos brasileiros.
Depois que os dados daqueles brasileiros que são eleitores já estão nas mãos da empresa Serasa, vem então a
presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, e sugere à
Corregedoria da Corte a “suspensão imediata da entrega de dados de eleitores à
Serasa Experian”, conforme o convênio que foi assinado em julho com a empresa.
Cármen Lúcia deseja que
o plenário do tribunal analise o acordo, só que não haveria razão de analisar
aquilo que é simplesmente imoral. Por esta parceria, o TSE se comprometeu a
fornecer à empresa, o seu cadastro com nomes, datas de nascimento e nome das mães
de eleitores, endereços e até telefones, em troca do serviço de certificação digital. E a presidente da
Corte só se mexeu depois que o jornal O Estado de S. Paulo fez a publicação de uma
reportagem sobre o acordo.
Esta parceria foi
publicada no Diário Oficial da União do dia 23 de julho e prevê que a serão
fornecidas as informações de 141 milhões de brasileiros à Serasa, empresa que
vive de vender a clientes o acesso a dados cadastrais de consumidores e de
empresas, com nome (ou razão social), CPF (ou CNPJ), endereço, sexo, data de
nascimento e até três telefones.
O acordo de cooperação
recebeu o nº 07/2013, que entre si celebram o TSE e a Serasa. Pelo TSE assina o
documento, Anderson Vidal Corrêa, e pelo Serasa S/A, o diretor jurídico da
empresa, Silvanio Covas. Alias, vamos colocar aqui os dados cadastrais desses
“negociadores”: Anderson, do TSE, é portador do CPF 400.732.891-91 e da
Carteira de Identidade nº 1.015.873 – SSP/DF, pela Serasa, Silvano é portador
do CPF nº 004.592848-78 e Carteira de Identidade nº 10.795.727 – SSP/SP. Mas
ainda assina este documento o Valdemir Bertolo, portador do CPF nº
014.248.488-14 e Carteira de Identidade nº 10.254.722.1 –SSP/SP que representa
a empresa Chief Financial Officer Brasil.
E foi assim que o TSE
resolveu que deveria servir de ponte para que o mundo tenha penetração aos dados
que só deveriam ser usados pelo TSE.
Então, ficou bem claro que quando se fala
de moralizar o Brasil, não adianta mudar só Executivo e Legislativo, porque
também na Justiça encontramos gente vendendo facilidades, e isso, na maior
“cara de pau”.
Mas agora veio a
anulação do “acordo”, mas que na verdade, não tem mais nenhuma razão de
existir, porque a Serasa agora já tem tudo que precisava. O crime foi consumado
e a anulação do acordo jamais irá apagar da memória do CPU daquela empresa os
dados que foram roubados dos eleitores.
Por isso, chegou a hora
e não podemos deixar a hora passar. Vamos às ruas sim, mas não para tirar “só”
os políticos desonestos. A varredura tem que ser geral e irrestrita.
E tenho dito!
2 comentários:
Então o TSE é o 'dedo duro' que faltava para caguetar o trabalhador?
Isto sim é o que podemos chamar de 'SACANAGEM'.
São todos um pilantras.
São Paulo - SP
Acreditar em quem? Só quero saber se esse safado que assinou pelo TSE vai ser exonerado e se vai responder a processo criminal. Ele praticou um crime, pelo menos é o que dá para entender.
Caneia nele, como você costuma falar.
Brasília -
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