segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A imoralidade está explicita


Cármen Lúcia suspendeu 

acordo do TSE com Serasa

Gerson Tavares








Hoje estamos servindo uma dose dupla já que assuntos importantes não podem ficar para amanhã. 

O brasileiro está com a sua vida nas mãos de meia dúzia de criminosos. Os crimes acontecem até mesmo pelos órgãos oficias do governo e, como se não bastasse, com acordo entre um “órgão oficial” e uma empresa que vive da venda de dados dos brasileiros.

Depois que os dados daqueles brasileiros que são eleitores já estão nas mãos da empresa Serasa, vem então a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, e sugere à Corregedoria da Corte a “suspensão imediata da entrega de dados de eleitores à Serasa Experian”, conforme o convênio que foi assinado em julho com a empresa.

Cármen Lúcia deseja que o plenário do tribunal analise o acordo, só que não haveria razão de analisar aquilo que é simplesmente imoral. Por esta parceria, o TSE se comprometeu a fornecer à empresa, o seu cadastro com nomes, datas de nascimento e nome das mães de eleitores, endereços e até telefones, em troca do serviço de certificação digital. E a presidente da Corte só se mexeu depois que o jornal O Estado de S. Paulo fez a publicação de uma reportagem sobre o acordo.

Esta parceria foi publicada no Diário Oficial da União do dia 23 de julho e prevê que a serão fornecidas as informações de 141 milhões de brasileiros à Serasa, empresa que vive de vender a clientes o acesso a dados cadastrais de consumidores e de empresas, com nome (ou razão social), CPF (ou CNPJ), endereço, sexo, data de nascimento e até três telefones.

O acordo de cooperação recebeu o nº 07/2013, que entre si celebram o TSE e a Serasa. Pelo TSE assina o documento, Anderson Vidal Corrêa, e pelo Serasa S/A, o diretor jurídico da empresa, Silvanio Covas. Alias, vamos colocar aqui os dados cadastrais desses “negociadores”: Anderson, do TSE, é portador do CPF 400.732.891-91 e da Carteira de Identidade nº 1.015.873 – SSP/DF, pela Serasa, Silvano é portador do CPF nº 004.592848-78 e Carteira de Identidade nº 10.795.727 – SSP/SP. Mas ainda assina este documento o Valdemir Bertolo, portador do CPF nº 014.248.488-14 e Carteira de Identidade nº 10.254.722.1 –SSP/SP que representa a empresa Chief Financial Officer Brasil.

E foi assim que o TSE resolveu que deveria servir de ponte para que o mundo tenha penetração aos dados que só deveriam ser usados pelo TSE.

Então, ficou bem claro que quando se fala de moralizar o Brasil, não adianta mudar só Executivo e Legislativo, porque também na Justiça encontramos gente vendendo facilidades, e isso, na maior “cara de pau”.

Mas agora veio a anulação do “acordo”, mas que na verdade, não tem mais nenhuma razão de existir, porque a Serasa agora já tem tudo que precisava. O crime foi consumado e a anulação do acordo jamais irá apagar da memória do CPU daquela empresa os dados que foram roubados dos eleitores.

Por isso, chegou a hora e não podemos deixar a hora passar. Vamos às ruas sim, mas não para tirar “só” os políticos desonestos. A varredura tem que ser geral e irrestrita.


E tenho dito!    

2 comentários:

Francisco Matheus disse...

Então o TSE é o 'dedo duro' que faltava para caguetar o trabalhador?
Isto sim é o que podemos chamar de 'SACANAGEM'.
São todos um pilantras.
São Paulo - SP

Bráulio Fontoura disse...

Acreditar em quem? Só quero saber se esse safado que assinou pelo TSE vai ser exonerado e se vai responder a processo criminal. Ele praticou um crime, pelo menos é o que dá para entender.
Caneia nele, como você costuma falar.
Brasília -