Conselho Federal de Medicina
quer
liberar o crime
Gerson Tavares
Até
o Conselho Federal de Medicina entrou nessa de defender os médicos “aborteiros”
e foi então que decidiu abrir a boca e por fim ao silêncio. Deu início a defesa
da liberação do aborto até a 12.ª semana de gestação, que é o mesmo que falar 3
meses. Esse papo de 12ª semana é para “enganar bobo”, mas vamos colocar os exatos
3 meses.
Como
está em voga esse negócio de “colegiado”, é ele que vai enviar à comissão do
Senado que cuida da reforma do Código Penal, um documento sugerindo que a
interrupção da gravidez até o terceiro mês seja permitida, a exemplo do que já
ocorre nos casos de risco à saúde da gestante ou quando a gravidez é resultante
de estupro.
Claro
que eles estão colocando esse “caso de polícia”, como um “caso político”. Então
o presidente do CFM, Roberto D’Ávila, fala sem a menor vergonha: "Queremos
deflagrar uma nova discussão sobre o assunto e esperamos que outros setores da
sociedade se juntem a nós".
Isto
acontece exatamente no momento em que movimentação pela liberação do aborto vem
perdendo força. Dilma Rousseff esteve conversando com setores religiosos, ainda
durante a campanha eleitoral e diante da polêmica e das pressões sofridas de
grupos contrários à legalização do aborto, a então candidata amenizou o
discurso e se comprometeu a não adotar nenhuma medida para incentivar novas
regras durante seu governo.
E
esse compromisso vem sendo seguido e até a secretária de Políticas para
Mulheres, Eleonora Menicucci, pode ser mostrada como exemplo do quanto aquele
compromisso vem sendo seguido à risca. Ela que é conhecida como favorável ao
aborto, em sua primeira entrevista depois da posse tratou de avisar que sua
posição pessoal sobre o assunto não vinha mais ao caso.
Mas
agora, pelo que está dando para entender, o CFM está sendo usado pelos
“aborteiros de plantão”. Depois da afirmação de Roberto D’Ávila, que "não
podemos deixar que esse assunto vire um tabu. O País precisa avançar", lembra
muito em tempos idos, quando em Bonsucesso, bairro da Leopoldina da cidade do
Rio de Janeiro, quase que todos os meses a polícia estourava o consultório do
famoso “aborteiro”, doutor Rissa, que ia preso num dia, no outro já estava se
preparando para mandar mais uns “anjinhos” para o céu, ou para o inferno, quem sabe? Mas o Roberto D’Ávila diz ainda: "Vivemos em
um Estado laico. Seria ótimo que as decisões fossem adotadas de acordo com o
que a sociedade quer e não com o que alguns grupos permitem". Mas esquece
o presidente do CFM que matar é crime e está na lei e em um aborto alguém
morre.
D’Ávila
argumenta que mulheres sempre recorreram ao aborto, sendo ele crime ou não, mas esquece o Roberto que todos os dias em outras modalidades de crimes, outras pessoas também morrem. Só que para o Conselho, a situação atual cria duas realidades: mulheres com melhores
condições econômicas buscam locais seguros para fazer a interrupção da
gravidez. As que não têm recursos recorrem a locais inseguros. "Basta ver
o alto índice de morte de mulheres por complicações. Não precisa ser
assim", diz o D'Ávila.
E ele diz ainda que o aborto é a quinta causa de morte entre mulheres, já que são
200 mil por ano, esquecendo-se de dizer quantas criancinhas morrem no mesmo período.
E o seu maior esquecimento, Roberto D'Ávila, foi falar que em sua maioria dos casos são médicos
que matam essas mulheres e todas aquelas criancinhas omitidas por você.
2 comentários:
O CFM só deve estar preocupado é com o número de abortos que são feitos por gente que não tem registro no Conselho e assim, esses casos não pagam mensalidade.
Aborto é crime sim, e se em alguns casos a mulher morre, em todos morrem as crianças. Criminoso tem que responder pelo crime, seja ele médico ou curioso.
E o CFM está mostrando o seu lado assassino.
São paulo
Furunfar é muito bom, mas na hora em que a criança diz que vai nascer dentro de 9 meses, essa cambada que anda por aí vai logo procurar um mode de matar a criança. E agora o CFM quer oficializar um crime hediondo.
Não seria melhor capar esses trepadores desvairados?
Pavuna - RJ
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