Mesa do Senado vai avaliar
criação de novos
Tribunais Federais
Gerson Tavares
O
presidente do Senado, o famigerado Renan Calheiros, do PMDB/AL, falou que vai
levar para avaliação da Mesa da Casa a criação dos quatro Tribunais Federais que foi aprovada pela Câmara dos Deputados há duas semanas. Segundo ele, ainda não há
previsão de quando as Emendas serão promulgadas pelo Congresso Nacional. Segundo
o cara, algumas pessoas têm alegado que existe erro material e isso está sendo
avaliado. Sendo assim ele se vê obrigado a levar a decisão para a Mesa do
Senado.
Ele
até admite que possa brecar a expansão da Justiça Federal, mas continuam na
pauta do Senado quatro Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que criam
tribunais federais em Curitiba, Manaus, Fortaleza e Belém.
E esta polêmica em torno da criação dos tribunais começou com as críticas do
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que acusou
dirigentes das principais entidades de magistrados de articular a expansão da
Justiça Federal "em surdina". Para Barbosa, não houve estudo sério
sobre o impacto financeiro da medida, que, segundo ele, é de cerca de R$ 8
bilhões.
Mas
quando eles querem, não sossegam e então juízes federais estão questionando
esse número. A previsão de gastos com cada novo tribunal seria de R$ 90,7
milhões, valor relativo a despesas com pessoal e encargos sociais, benefícios assistenciais,
manutenção, aquisição de equipamentos de informática e veículos. O orçamento
anual de toda a Justiça Federal brasileira é de R$ 7,7 bilhões, incluindo a primeira
e segunda instância.
Realmente
a diferença é assustadora. Enquanto Joaquim Barbosa chega a casa dos R$ 8
bilhões, os “engraçadinhos juízes” falam em R$ 7,7 bilhões.
Eles
são todos uns “comicuzinhos”, como diria o velho e saudoso Costinha.
Um comentário:
Tudo acaba em negociata. Tenho certeza que tudo será resolvido se houver um acordo. Se depende de aprovação, é só acertar não mais perturbar os políticos que tudo sairá como estiver dentro do querer do judiciário. Quanto ao valor final, isso é só para dar tempo à negociação.
São Paulo
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