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Aumentar
punição a menor é paliativo,
dizem especialistas
Realmente já passou a
hora de se fazer uma reforma do Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA)
para aumentar a punição a menores infratores que cometem delitos graves. Mas na
opinião de especialistas,
esta medida não passa de “medida paliativa” e não tem
efeito prático na redução da criminalidade.
Na opinião desses
especialistas em segurança pública e direitos da criança e do adolescente,
mesmo com o debate sobre esse tema ter sido retomado, após o universitário
Victor Hugo Deppman, de 19 anos, ter sido assassinado na porta de casa, na
capital paulista, por um jovem de 17 anos durante um assalto. Como o “bandido
dimenor” ter praticado o crime dois dias antes de completar 18 anos, a lei
atual estabelece como punição a internação por três anos, o que quer dizer,
“livre para matar”.
Mas para esses
“especialistas”, o Brasil tem cuidar dessas questões de exclusão social
enfrentando as causas em suas raízes e não com medidas paliativas, no que eles
querem dizer, punir “bandido dimenor” é simples medida paliativa. Pelo menos
foi o que deu a entender a presidente da Associação Brasileira de Magistrados,
Promotores da Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP),
Hélia Barbosa.
Já o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, defende o aumento do tempo de internação para casos
graves, como latrocínio (roubo seguido de morte), e a transferência para
presídios comuns de jovens infratores internados quando completarem 18 anos.
Ele anunciou que entregará, ainda este mês, ao Congresso um projeto com as
propostas de alteração do ECA.
O ministro da
Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, reagiu contra a proposta de
Alckmin e disse que o governo é contra endurecer a punição a menores
infratores. Afinal, esses “bandidos dimenor” poderão ser os políticos do
futuro.
Disse o Gilbertinho: “Nós
temos uma posição muito clara contra a redução da idade penal. Eu acho que há
ilusão de que você reduzindo a idade penal vai resolver alguma coisa no país”.
Tudo isso porque o
aumento do tempo de internação de adolescentes infratores também teria um
impacto financeiro para os cofres públicos e ainda para piorar, o advogado especializado em direitos da
criança e do adolescente Ariel de Castro, disse que a medida é mais uma resposta
à sociedade do que uma solução para o problema.
E assim falou do alto de sua cátedra o Ariel: “Hoje temos cerca de 9 mil
adolescentes internados somente em São Paulo. Se as penas fossem aumentadas,
poderíamos até dobrar essa população. Essa é uma forma de dar resposta à
sociedade, mas não reduz a criminalidade. O que inibe o crime não é o tamanho
da punição, mas sim a certeza da punição. E o problema é que a maioria dos
crimes de homicídio no país não é sequer esclarecida”.
Ariel disse que não é a
primeira vez que o governador Geraldo Alckmin propõe o endurecimento da punição
aos menores infratores. No Congresso já há outros projetos em tramitação sobre
o tema. “Desde 2003 ele vem defendendo essa postura”.
Mas como essa solução
só é boa para o povo, que se dane o povo.
Um comentário:
O dia em que esses 'especialistas' levarem com um cano de pistola na testa ele vão querer pena até menores de 12 anos. A bandidagem está cada dia começando mais cedo. vai, seu especialista, andar nas ruas de São Paulo no início da noite para ver o que é bom. Tenho certeza que vocês, que não sabem o que violência, irão se borrar de medo.
São Paulo - SP
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