sexta-feira, 5 de abril de 2013


Conselho Federal de Medicina 

quer liberar o crime

Gerson Tavares






Até o Conselho Federal de Medicina entrou nessa de defender os médicos “aborteiros” e foi então que decidiu abrir a boca e por fim ao silêncio. Deu início a defesa da liberação do aborto até a 12.ª semana de gestação, que é o mesmo que falar 3 meses. Esse papo de 12ª semana é para “enganar bobo”, mas vamos colocar os exatos 3 meses.

Como está em voga esse negócio de “colegiado”, é ele que vai enviar à comissão do Senado que cuida da reforma do Código Penal, um documento sugerindo que a interrupção da gravidez até o terceiro mês seja permitida, a exemplo do que já ocorre nos casos de risco à saúde da gestante ou quando a gravidez é resultante de estupro.

Claro que eles estão colocando esse “caso de polícia”, como um “caso político”. Então o presidente do CFM, Roberto D’Ávila, fala sem a menor vergonha: "Queremos deflagrar uma nova discussão sobre o assunto e esperamos que outros setores da sociedade se juntem a nós".

Isto acontece exatamente no momento em que movimentação pela liberação do aborto vem perdendo força. Dilma Rousseff esteve conversando com setores religiosos, ainda durante a campanha eleitoral e diante da polêmica e das pressões sofridas de grupos contrários à legalização do aborto, a então candidata amenizou o discurso e se comprometeu a não adotar nenhuma medida para incentivar novas regras durante seu governo.

E esse compromisso vem sendo seguido e até a secretária de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, pode ser mostrada como exemplo do quanto aquele compromisso vem sendo seguido à risca. Ela que é conhecida como favorável ao aborto, em sua primeira entrevista depois da posse tratou de avisar que sua posição pessoal sobre o assunto não vinha mais ao caso.

Mas agora, pelo que está dando para entender, o CFM está sendo usado pelos “aborteiros de plantão”. Depois da afirmação de Roberto D’Ávila, que "não podemos deixar que esse assunto vire um tabu. O País precisa avançar", lembra muito em tempos idos, quando em Bonsucesso, bairro da Leopoldina da cidade do Rio de Janeiro, quase que todos os meses a polícia estourava o consultório do famoso “aborteiro”, doutor Rissa, que ia preso num dia, no outro já estava se preparando para mandar mais uns “anjinhos” para o céu, ou para o inferno, quem sabe? Mas o Roberto D’Ávila diz ainda: "Vivemos em um Estado laico. Seria ótimo que as decisões fossem adotadas de acordo com o que a sociedade quer e não com o que alguns grupos permitem". Mas esquece o presidente do CFM que matar é crime e está na lei e em um aborto alguém morre.

D’Ávila argumenta que mulheres sempre recorreram ao aborto, sendo ele crime ou não, mas esquece o Roberto que todos os dias em outras modalidades de crimes, outras pessoas também morrem. Só que para o  Conselho, a situação atual cria duas realidades: mulheres com melhores condições econômicas buscam locais seguros para fazer a interrupção da gravidez. As que não têm recursos recorrem a locais inseguros. "Basta ver o alto índice de morte de mulheres por complicações. Não precisa ser assim", diz o D'Ávila.

E ele diz ainda que o aborto é a quinta causa de morte entre mulheres, já que são 200 mil por ano, esquecendo-se de dizer quantas criancinhas morrem no mesmo período. 

E o seu maior esquecimento, Roberto D'Ávila, foi falar que em sua maioria dos casos são médicos que matam essas mulheres e todas aquelas criancinhas omitidas por você.

2 comentários:

Guiomar Dornelles disse...

O CFM só deve estar preocupado é com o número de abortos que são feitos por gente que não tem registro no Conselho e assim, esses casos não pagam mensalidade.
Aborto é crime sim, e se em alguns casos a mulher morre, em todos morrem as crianças. Criminoso tem que responder pelo crime, seja ele médico ou curioso.
E o CFM está mostrando o seu lado assassino.
São paulo

Frederico Louzada disse...

Furunfar é muito bom, mas na hora em que a criança diz que vai nascer dentro de 9 meses, essa cambada que anda por aí vai logo procurar um mode de matar a criança. E agora o CFM quer oficializar um crime hediondo.
Não seria melhor capar esses trepadores desvairados?
Pavuna - RJ