Começou
a hora do “arrego”
Joaquim
Barbosa está preocupado com seus parceiros
A resistência do
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em levar a
julgamento do plenário os recursos de réus do mensalão mobilizou ministros do
tribunal. Mesmo aqueles que votaram pela condenação maciça dos réus consideram
um erro do ministro deixar engavetados pedidos da defesa para que os prazos de
recursos contra a condenação sejam estendidos.
Ao final da sessão de
quinta-feira, 11, o Estado presenciou a conversa inicialmente entre o decano do
tribunal, ministro Celso de Mello, com o presidente da Corte. Depois,
juntaram-se Dias Toffoli e Luiz Fux. Celso de Mello fazia uma ponderação - em
tom de apelo - para que Joaquim Barbosa levasse os recursos movidos pelos
advogados a plenário antes da publicação do acórdão do julgamento.
A conversa antecipava o
que viria pela frente. Uma hora depois, um grupo de nove advogados, incluindo
os ex-ministros da Justiça Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias, encaminhava
ao STF a mais enfática petição protocolada até agora no processo. O pedido era
o mesmo que fizera Celso de Mello ao presidente do tribunal: que o plenário
analise os pedidos por mais prazo para a defesa antes da publicação do acórdão.
Celso de Mello
argumentara que a resposta ao pedido dos advogados por mais prazo é um tema
sensível e diz respeito à garantia ao direito de defesa. Além disso, ele
lembrou a Barbosa, o andamento do processo poderia ser prejudicado se os
agravos não fossem julgados antes da publicação do acórdão. Afinal, o prazo
para recursos estaria correndo com questões prévias pendentes de decisão do
plenário.
Nas palavras de Celso
de Mello, o julgamento dessas questões prévias pelo plenário evitaria dúvidas
sobre o procedimento do tribunal. E esvaziaria, como disse um integrante da
Corte, qualquer discurso de que o tribunal perseguiu os réus por não ter
julgado os recursos a tempo.
Um comentário:
Se o Joaquim Barbosa der bobeira, de recurso em recurso, o memsalão vai vivar "galhofa".
Joaquim, Joaquim, se cuida que tem gente do seu lado querendo puxar o seu tapete.
Brasília - DF
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