terça-feira, 2 de abril de 2013



Dilma no Vaticano

Gerson Tavares
 




Depois de uma semana sem falar sobre os atos políticos do país, voltei ontem, dia primeiro de abril, o “dia da mentira”, para falar dos maiores enganadores de todos os tempos de nossa política. E hoje continuando minha jornada de falar dos mentirosos, Dilma ainda é assunto. 

Então vamos falar das coisas que  aconteceram lá em Roma, quando a presidente da República Federativa do Brasil lá esteve para assistir no Vaticano a posse do Papa Francisco, na terça-feira, dia 19 de abril, dia de São José.

E foi o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que sofreu ao falar pelo governo, já em seu retorno ao Brasil, na quarta-feira, no dia 20, quanto “tentou explicar a hospedagem” da presidente Dilma Rousseff em um hotel na capital italiana porque a residência do embaixador do Brasil em Roma está desocupada no momento. Mas esta interessante explicação, que começou ainda em Roma, deixou muito à desejar. Isso porque muita gente gostaria que o (“não tão Patriota assim”) ministro explicasse melhor essa posição de “desocupada”. Pelo que deu para entender, ele queria dizer que se a embaixada estivesse ocupada a Dilma iria ficar lá?  Será que é aquela estoria de que trem lotado sempre cabe mais um?

Pois a explicação foi exatamente esta: "O embaixador Ricardo Neiva Tavares foi designado pela Presidenta da República e aprovado pelo Congresso e o decreto de remoção dele da União Europeia aqui pra Roma foi publicado no Diário Oficial na sexta-feira passada. Nessas condições, então, a residência do embaixador do Brasil aqui em Roma está desocupada no momento, ela está entre dois embaixadores e é por isso que a presidenta ficou aqui no hotel". Então ele quis dizer que quando um embaixador sai, a casa fica abandonada? Se isso acontecer aqui no Brasil, os “sem teto vão deitar e rolar”. Mas se todos os funcionários da embaixada são demitidos, o custo da troca de um embaixador deve custar uma ”grana preta”. Só de fundo de garantia vai “uma baba”.

E para aumentar essa despesa da troca do embaixador, vamos ver quanto custou aos cofres da República esse “trem desgovernado”. O jornal Folha de S.Paulo, fez o levantamento e a “dona” Dilma, mais quatro ministros, seus assessores e seguranças se hospedaram no hotel Westin Excelsior, um dos mais luxuosos de Roma. Só a diária da suíte presidencial custou cerca de R$ 7,7 mil e o quarto mais barato, R$ 920. A comitiva de Dilma teria usado, ao todo, 52 quartos de hotel e 17 carros em Roma. Gente, o que é isso? Dilma e mais quatro ministros, que em minha soma dá exatamente o número de cinco pessoas, precisaram de quantos “aspones”?  Para ocupar 52 quartos, mesmo que cada um ocupasse um quarto, dá um número espantoso de 47 “aspones”. Como não devem ter usados quartos individuais, tenho impressão que a Dilma estava disputando em números, com o “Colégio dos Cardeais”. Aliás, como o “Colégio dos Cardeais” tem o seu decano, sei não, mas pelo número de petistas que compareceram ao vaticano, o “Colegiado Petista” andou ali, pau a pau com o do vaticano em número de candidatos a decano petista. Será que não foi muita gente para ver o Papa Francisco? Não seria bem mais barato se eles esperassem a vinda do Francisco ao Brasil em julho, para a Jornada Mundial da Juventude? 

E em relação ao novo embaixador, pelo que o Patriota falou, ele deverá chegar a Roma dentro de algumas semanas mais. “Qualquer chancelaria do mundo enfrenta a mesma situação: a rotação de embaixadores em intervalos regulares. Agora, o que era aqui inesperado foi essa situação do Sumo Pontífice, né. A renúncia e a troca, e essa situação coincidiu com uma troca de embaixadores aqui na residência oficial em Roma, uma coisa natural que pode acontecer com qualquer chancelaria".

Mas o que estou discutindo não é se tem o não embaixador e sim, se é certo fechar uma Embaixada tanto tempo porque não tem um embaixador. Será que a Dilma não é de confiança ao ponto de não poder pegar a chave e ocupar a casa?

Depois da casa arrombada, tranca na porta. O deputado federal Rubens Bueno, do PPS/PR está cobrando do Palácio do Planalto mais informações sobre o custo total da viagem da presidente a Roma. E já que é para entornar o caldo, o partido agora também quer saber o gasto total dos deslocamentos da presidente ao exterior desde o início do seu mandato.

E é aí que “a porca vai torcer o rabo”. Dilma já viajou tudo que podia e até o que não podia. E como neste caso, que só ficamos sabendo quantos quartos foram ocupados porque houve o “probleminha” da Embaixada, nunca vamos ficar sabendo quantos e quem mais viajou com ela pelo exterior. Será que no governo petista tem “aquele jeitinho” de “passagem corporativa”, do mesmo modo como tinha para o “famigerado” e muito usado “cartão corporativo”?

Só que isso não tem data para parar. Enquanto o povo não acordar, Dilma e toda sua camarilha estarão fazendo das suas. 

Um comentário:

Elói Duarte disse...

O dinheiro não é deles, não si do bolso deles. Só por isso eles gastam assim. Para que tanta gente viajando para a posse do Papa? Se eles queriam ir ao Vaticano, que metessem a mão no bolso e pagassem do próprio salário a passagem e hospedagem. Por que nós é que temos que pagar?
Dilma e sua 'patota' deviam entender que o povo paga demais e recebe migalha.
Salvador