segunda-feira, 15 de abril de 2013



ABIN e os sindicalistas

Gerson Tavares







Na semana passada eu falei aqui que os sindicalistas estavam sendo espiados de perto pelo governo da Dilma, que colocou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorando o Porto de Suape, em Pernambuco, e agora foi o próprio ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o famoso "Gilbertinho", quem admitiu que aquilo aconteceu, mas foi aí que, como desculpa, falou que a “medida foi necessária por questões econômicas, não políticas”.

E a desculpa veio em forma de arranjo: "Porto é uma coisa que não pode parar, vocês sabem disso para a economia. Era mais que legítimo que a Abin passasse para nós informações dos riscos: ‘Olha, pode paralisar o porto’. E a repercussão disso na economia, qual é?". Esta foi à justificativa do “Gilbertinho”.

E foi aí que o Carvalho “descerrou o pano de boca de cena” e assumindo a preocupação do governo com o funcionamento do Porto de Suape diante do risco de paralisação dos portuários, disse ser obrigação do governo cuidar das áreas estratégicas para o País. "Vigiar, cuidar é muito importante. O governo tem que ter informações sobre áreas que são estratégicas para o país".  Disse ainda o ministro que porto não é uma brincadeira, tem repercussão econômica. E foi aí que baixou um filosofo no "Gilbertinho": "Governo que não trabalha com inteligência é um governo cego".

Caramba, não é que o “Gilbertinho” está com os militares de 1964, quando fala “que qualquer Estado no mundo precisa ter um mínimo de serviços de informações para trabalhar adequadamente”. E foi aí que ele falou sobre  o monitoramento que “tem a ver com manter o governo informado sobre os riscos para a questão da infraestrutura portuária e do funcionamento dos portos, claro".

E assim o Carvalho garantiu que em hipótese alguma a Abin estaria supervisionando politicamente o movimento sindical no Estado governado por Eduardo Campos, talvez candidato a presidente em 2014 pelo PSB.

E colocando banca disse que eles não precisam de arapongagem sobre o movimento porque eles têm diálogo com o movimento o tempo todo. “Nós não somos um governo repressivo, da ditadura, que tem de infiltrar gente para saber das coisas".

Realmente os militares precisavam se infiltrar e eles hoje, já são os infiltrados. E segundo Aécio Neves, os militares fizeram revolução e com isso pode estar falando que ditadura também pode ser por golpe como podem estar fazendo os que hoje estão comandando o País.

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