quarta-feira, 3 de abril de 2013


Feliciano enganou todo mundo

Gerson Tavares





Quando todos pensavam que era uma renúncia, era só uma estratégia. E este momento foi quando o deputado pastor Marco Feliciano, do PSC/SP, deixou seu posto após uma permanência de apenas oito minutos na presidência da reunião da Comissão de Direitos Humanos da tarde de quarta-feira, dia 20 passado. Tudo aconteceu porque a segurança da Câmara não conseguiu, embora tenha tentado, barrar a entrada de alguns manifestantes que conseguiram burlar o bloqueio e fizeram protestos contra o “deputado do pastoreio”.

Nesta sessão seriam discutidos os direitos humanos dos portadores de transtorno mental. Em um caso que deveria ser de total tranquilidade, com sua saída aconteceu um grande bate boca e a reunião foi encerrada sem qualquer debate sobre o tema.

Até o representante do ministério da Justiça, o Aldo Zainden, abandonou o debate após iniciar o seu discurso afirmando que o País vive um retrocesso em relação aos direitos humanos. Ele diz ter sido censurado pelo deputado Jair Bolsonaro, do PP/RJ, que o ordenou a falar apenas sobre o tema da audiência. Não sei qual foi à atitude de Bolsonaro, mas em relação a falar apenas do assunto em pauta, até aí ele tem razão, porque estamos em momento de campanha e todos os locais e minutos são importantes para esse pessoal do governo. Mas o Bolsonaro também está me decepcionando ao se colocar ao lado do Feliciano.

E já que voltei ao nome “infeliz desse ano”, Feliciano quando chegou à sala, estava cercado por seguranças. Abriu a reunião e logo na sequência, quando os gritos de "retrocesso não" estavam sendo entoados, ele tratou de repassar a presidência ao deputado Henrique Afonso, do PV/AC, autor do requerimento para a audiência pública, e “deu no pé”, tudo isso feito em menos de 15 minutos.

Henrique Alves tentou por 30 minutos levar adiante o debate, mas parlamentares do PT fizeram discursos contra o pastor e os manifestantes continuaram gritando palavras de ordem. A audiência era conjunta com a Comissão de Seguridade Social. E foi aí que o presidente desse colegiado, doutor Rosinha, do PT/PR, chegou e pôs fim a reunião.

E para não perder o costume, depois que acabou a sessão, o deputado Jair Bolsonaro bateu boca com manifestantes.

Agora vamos ver por quanto tempo o “Infeliz deste ano” vai resistir, já que os opositores de Feliciano lançaram uma frente parlamentar dos direitos humanos, tudo com o objetivo de pressionar o pastor. Parlamentares dessa frente prometem levar denúncias contra Feliciano à Procuradoria Geral da República e à Corregedoria da Câmara.

Feliciano, depois que deixou a sessão, dirigiu-se ao plenário da Câmara e falou para quem quisesse ouvir que não renuncia do comando da comissão e mais uma vez lá estava para dar apoio o maior apoio o Bolsonaro.

Será que esses dois vão teimar em acabar com os direitos humanos?

Um comentário:

Luana Chagas Novais disse...

Quer saber? O menos culpado messa sacanagem é o Feliciano. A culpa primeiramente é do Ministério da Justiça que deixa que esses pastores enganadores fiquem nas igrejas iludindo um povo que está correndo atrás de soluções para os seus problemas. Esses pilantras se aproveitam da fragilidade daquelas pessoas que chegam, levadas pela necessidade, e como grandes estelionatários, tiram até a roupa delas. Se a Justiça levasse esses pilantras para a cadeia, muita coisa poderia ser evitada. O segundo a errar é o eleitor que não olha para quem dá o seu voto. Assim como muitos político compram seus votos com mil promessas, também esses pastores vendem seus milagres, entre eles até lugar no céu, aos 'fieis' que deixam se iludir pelos belos 'comícios' que acontecem à toda hora nas igrejas 'evangélicas'.
Claro que não estou dizendo que todas as igrejas evangélicas são assim, mas claro que existem Igrejas e 'igrejas' e entre esses políticos do baixo clero, a maioria esmagadora pertencem as 'igrejas'.
Já tem gente que fala no Waldomiro Santiago ser candidato a presidente.
É mole?
Perdizes - São Paulo