Feliciano enganou todo mundo
Gerson Tavares
Quando
todos pensavam que era uma renúncia, era só uma estratégia. E este momento foi
quando o deputado pastor Marco Feliciano, do PSC/SP, deixou seu posto após uma permanência
de apenas oito minutos na presidência da reunião da Comissão de Direitos
Humanos da tarde de quarta-feira, dia 20 passado. Tudo aconteceu porque a segurança da
Câmara não conseguiu, embora tenha tentado, barrar a entrada de alguns
manifestantes que conseguiram burlar o bloqueio e fizeram protestos contra o “deputado
do pastoreio”.
Nesta
sessão seriam discutidos os direitos humanos dos portadores de transtorno
mental. Em um caso que deveria ser de total tranquilidade, com sua saída
aconteceu um grande bate boca e a reunião foi encerrada sem qualquer debate
sobre o tema.
Até
o representante do ministério da Justiça, o Aldo Zainden, abandonou o debate
após iniciar o seu discurso afirmando que o País vive um retrocesso em relação
aos direitos humanos. Ele diz ter sido censurado pelo deputado Jair Bolsonaro,
do PP/RJ, que o ordenou a falar apenas sobre o tema da audiência. Não sei qual
foi à atitude de Bolsonaro, mas em relação a falar apenas do assunto em pauta,
até aí ele tem razão, porque estamos em momento de campanha e todos os locais e
minutos são importantes para esse pessoal do governo. Mas o Bolsonaro também
está me decepcionando ao se colocar ao lado do Feliciano.
E
já que voltei ao nome “infeliz desse ano”, Feliciano quando chegou à sala,
estava cercado por seguranças. Abriu a reunião e logo na sequência, quando os
gritos de "retrocesso não" estavam sendo entoados, ele tratou de repassar
a presidência ao deputado Henrique Afonso, do PV/AC, autor do requerimento para
a audiência pública, e “deu no pé”, tudo isso feito em menos de 15 minutos.
Henrique
Alves tentou por 30 minutos levar adiante o debate, mas parlamentares do PT
fizeram discursos contra o pastor e os manifestantes continuaram gritando
palavras de ordem. A audiência era conjunta com a Comissão de Seguridade
Social. E foi aí que o presidente desse colegiado, doutor Rosinha, do PT/PR,
chegou e pôs fim a reunião.
E
para não perder o costume, depois que acabou a sessão, o deputado Jair
Bolsonaro bateu boca com manifestantes.
Agora
vamos ver por quanto tempo o “Infeliz deste ano” vai resistir, já que os
opositores de Feliciano lançaram uma frente parlamentar dos direitos humanos,
tudo com o objetivo de pressionar o pastor. Parlamentares dessa frente prometem
levar denúncias contra Feliciano à Procuradoria Geral da República e à
Corregedoria da Câmara.
Feliciano,
depois que deixou a sessão, dirigiu-se ao plenário da Câmara e falou para quem
quisesse ouvir que não renuncia do comando da comissão e mais uma vez lá estava
para dar apoio o maior apoio o Bolsonaro.
Será
que esses dois vão teimar em acabar com os direitos humanos?
Um comentário:
Quer saber? O menos culpado messa sacanagem é o Feliciano. A culpa primeiramente é do Ministério da Justiça que deixa que esses pastores enganadores fiquem nas igrejas iludindo um povo que está correndo atrás de soluções para os seus problemas. Esses pilantras se aproveitam da fragilidade daquelas pessoas que chegam, levadas pela necessidade, e como grandes estelionatários, tiram até a roupa delas. Se a Justiça levasse esses pilantras para a cadeia, muita coisa poderia ser evitada. O segundo a errar é o eleitor que não olha para quem dá o seu voto. Assim como muitos político compram seus votos com mil promessas, também esses pastores vendem seus milagres, entre eles até lugar no céu, aos 'fieis' que deixam se iludir pelos belos 'comícios' que acontecem à toda hora nas igrejas 'evangélicas'.
Claro que não estou dizendo que todas as igrejas evangélicas são assim, mas claro que existem Igrejas e 'igrejas' e entre esses políticos do baixo clero, a maioria esmagadora pertencem as 'igrejas'.
Já tem gente que fala no Waldomiro Santiago ser candidato a presidente.
É mole?
Perdizes - São Paulo
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