Verônica também faz o milagre
da
multiplicação
Gerson Tavares
"Tarumã
Empreendimentos Imobiliários Ltda.", esta é uma empresa que custou muito pouco
para ser formada e seus três sócios não colocaram R$ 10 mil e que quase que
imediatamente rendeu uma “grana preta”.
Pelo
menos é o que dá para notar quando se vê um documento que revela que a “Tarumã
Empreendimentos Imobiliários Ltda.”, aquela empresa que o Renan Calheiros
montou com dois dos seus filhos e que depois entregou o comando para a Maria
Verônica Calheiros, sua esposa, distribuiu R$ 498.284 em lucro e na restituição
do investimento. Dois filhos do casal, Rodolfo e Rodrigo, também sócios na
empresa, receberam R$ 833 cada. Isso aconteceu apenas quatro meses após a
artista plástica injetar R$ 290 mil em seu capital. Um lucro de 72% - na época,
a taxa básica de juros era de 12,5% ao ano.
Mas
coisas mais interessantes aconteceram, pois a Verônica e seus filhos receberam
esse dinheiro todo sem, nenhuma operação registrada. Não podemos esquecer que a
Tarumã encerrou suas atividades em 16 de novembro de 2011, nove meses após ser
registrada na Junta Comercial do Distrito Federal.
Com
o fim da Tarumã, Verônica, ao receber esta importância considerada muito alta
por especialistas em lavagem de dinheiro, colocou a mão em um o lucro líquido
obtido em tão pouco tempo, que coloca sob suspeição as operações financeiras e
contábeis da empresa que, em menos de um ano, movimentou ao menos R$ 500 mil.
Mais
uma vez entra em ação o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que está
desde a semana passada mergulhado na análise das atividades da empresa. Às
vésperas da eleição para o Senado, Gurgel denunciou Renan Calheiros ao Supremo
Tribunal Federal (STF) por peculato, falsidade ideológica e uso de documentos
falsos.
No momento este inquérito está "parado" no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski. E como sempre, o Renan que anda pregando a transparência desde que assumiu a Casa pela segunda vez, se
nega a esclarecer as atividades da Tarumã, alegando sempre se tratar de
atividade privada.
No
registro na Junta Comercial do Distrito Federal o contrato prevê a exploração
de empreendimentos imobiliários, como locação, compra e venda de imóveis
próprios e participações societárias. Mas nada foi encontrado que mostre que
algum imóvel foi negociado ou nomes de corretores contam registrados em nome da
empresa ou mesmo, que alguns dos sócios tenham vendido, comprado, alugado ou
emprestado algum imóvel.
Uma
“empresa relâmpago”, a Tarumã foi registrada em 22 de fevereiro de 2011 em nome
do senador e de seus dois filhos. No quinto mês de “funcionamento”, Renan
deixou a sociedade e deu lugar à esposa, Verônica, que colocou um bom capital
na empresa e de R$ 10 mil, o seu capital passou para R$ 300 mil.
Outra
coisa que chama a atenção de todos é que a Verônica não tem rendas. Ela é
casada em comunhão parcial de bens com o Renan, mas mesmo assim Verônica
Calheiros integralizou em "moeda corrente" o valor de R$ 290 mil no
capital da empresa em 21 de julho de 2011. E mais intrigante é que quatro meses
mais tarde, a Tarumã encerrou suas atividades. A extinção está registrada na
Junta Comercial do Distrito Federal com data de 16 de novembro de 2011.
Resta
saber realmente como está agora a declaração de bens do Renan Calheiros. Na
última declaração de bens pública apresentada pelo senador, está lá a informação
que ele tem um patrimônio de R$ 2,1 milhões. Na declaração ele menciona um
apartamento em Maceió, uma casa em Barra de São Miguel e R$ 3 mil em contas
bancárias.
Mas
como o Renan mesmo diz, ninguém tem que falar da sua vida privada, até porque
se na sua vida pública a coisa já fede tanto, imagina na privada.
4 comentários:
Milagre da multiplicação nos dias de hoje não é coisa de Jesus e sim do capeta que se transformam em políticos e como mulher de político quer mostrar nem só de chifre é a sua vida, sempre que tem oportunidade encontra meio de participar das bandalheiras.
Quanto a vida privada da família, o que não falta é merda.
Maceió
Como tudo que vem de político é sacanagem, claro que o que tem parente de político no "comando", sacanagem é.
A pobre da Verônica no máximo assinou os papeis da "empresa", mas o que foi tramado sempre teve algum "aspone" do Renan por trás. Assim como ela aceitou numa boa ser a chifruda no escândalo em 2009, desta vez ela aceitou ser "laranja" de uma "empresa" de falcatruas.
Mas isso não a redime do pecado, pois quem assume o crime é também criminoso. Mas também, como ninguém vai para a cadeia mesmo, deixa a Verônica faturar para compensar seus dessabores de mulher traída.
Maceió
Os corruptos moram aqui. Infelizmente tenho que reconhecer que em um pequeno estado da Federação, elege os corruptos mais ativos da nossa República.
Pobre País, pobre Alagoas.
praia do Frances - Maceió - Alagoas, capital nacional da corrupção
Esta família é a digna representante dos políticos alagoanos, isso sem nenhum desmérito ao Fernando Collor. Mas como eles são farinha do mesmo saco, elogiando uma família a outra tira casquinha nos elogios.
Maceió - Alagoas
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