Gurgel quer o pastor nas grades

Gerson Tavares

Este tal de Marco Feliciano tantas faz, que agora, pelo que deu para entender, está encontrando o que pediu. Roberto Gurgel, procurador-geral da República, pediu na semana passada ao Supremo Tribunal Federal que abra um processo criminal contra o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) por discriminação contra homossexuais.

Gurgel, no documento que enviou ao STF, sustenta que o dublê de congressista e “menino do pastoreio” veiculou mensagens no Twitter que induzem à discriminação dos homossexuais em razão da orientação social. O procurador-geral diz que na mensagem o “inFelizciano” afirmou que a "podridão" dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime e à rejeição. E aí o Gurgel emite sua opinião: "A simples leitura da declaração do investigado evidencia o seu caráter discriminatório e agressivo".

E continua Gurgel: "É evidente que há justa causa para a instauração de ação penal, na medida em que a declaração feita pelo investigado na rede social violou direitos fundamentais elementares e instigou os demais membros da sociedade, principalmente seus seguidores, a adotarem semelhante postura".

E seguindo com sua posição de homem da lei, Gurgel observou que a homossexualidade é hoje uma "realidade fática inegável" no Brasil e no mundo. "Embora os homossexuais tenham sempre existido na história da humanidade, é certo que, com a liberalização dos costumes, o fortalecimento dos movimentos de luta pela identidade sexual de gays e lésbicas e a redução do preconceito, um número cada vez maior de pessoas tem passado a assumir publicamente a sua opção sexual", afirmou Roberto Gurgel.

E foi aí que o procurador-geral colocou o “inFelizciano” de encontro à parede, quando disse que o deputado pastor não pode alegar que, como deputado, tem direito à imunidade parlamentar. E foi desta maneira que Roberto Gurgel colocou a faca no peito do “artista”: "A expressão de natureza homofóbica de induzimento e incitação à discriminação de homossexuais não se encontra correlacionada ao exercício do mandato parlamentar e, portanto, não há incidência da cláusula constitucional de atipicidade material da conduta, como quer o investigado".

Agora só espero que o STF corra com essa abertura e com o andamento do processo contra uma pessoa que só está mostrando ao mundo como não pode proceder um cidadão.

Cadeia nesse “Infeliz”, que poderia passar alguns “anus” na cadeia para aprender a ser homem.

Obs.: “Anus” não é erro de grafia e sim, um trocadilho para alertar esse homofóbico.