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Dilma lança 'vacina eleitoral' para Enem

Dilma e Haddad se entendem muito bem

A Dilma pode ser tudo na vida, menos “burra” e por isso ela está tentando imunizar o candidato petista à Prefeitura de São Paulo de críticas durante a campanha eleitoral. E assim ela usou na segunda-feira, a cerimônia no Palácio do Planalto para elogiar o Exame Nacional de Ensino Médio, esse “famigerado” Enem, que sempre é motivo de críticas e de “mutretas”. E a Dilma quis com esse “discurso”, tentar blindar Fernando Haddad, que deixou ontem o Ministério da Educação.

E a presidente aproveitou para usar todos os argumentos na solenidade que marcou a despedida de Haddad do cargo. Ela não só elogiou o ministro, como aproveitou para fazer a defesa do Enem. Como este exame foi repleto de erros e problemas, como o vazamento de questões e outras coisas mais, ele será naturalmente usado como marca negativa da gestão de Haddad pelos adversários.

Foi então que a Dilma usou: "É a forma mais democrática de acesso dos jovens brasileiros ao ensino universitário". Mas ela esqueceu que também foi uma forma para que os “vestibulandos de pilantragem” tentassem a todo o momento mostrar que o exame era muito frágil em segurança.

E a Dilma continuou: "É um exemplo da determinação do ministro Fernando Haddad no sentido de assegurar uma transformação e uma 'deselitização' do ensino universitário no País". Mas Dilma mais uma vez esqueceu de falar que infelizmente Haddad não soube como coibir as fraudes.

Para afastar o fantasma do Enem neste ano eleitoral, quando Fernando Haddad vai tentar dar o “pulo do gato”, o governo federal resolveu que Enem só depois das eleições. Este ano só haverá provas em novembro, após um eventual segundo turno das eleições.

Mas para ganhar alguns pontos com a “classe média estudantil”, Dilma falou que Haddad preparou um exame que "é um grande caminho" e classificou o vestibular como "sistema antigo e antiquado" e "elitista".

Para justificar os problemas do Enem, a presidente comentou: "Nós somos seres humanos. Quando tem erros, a gente tem de aprimorar; ninguém está dizendo que nada é perfeito; está dizendo que (o Enem) é um grande caminho".

Mas nesse ponto eu estou com a Dilma: “Se tem erros a gente tem que aprimorar”. Isso quem falou foi ela, mas a presidente tinha razão de falar, já que realmente o Haddad aprimorou os erros a cada exame.