segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dilma está de brincadeira





Gerson Tavares


Realmente a presidente da República, Dilma Rousseff só pode estar brincando ou então gozando com a cara do brasileiro. Depois que o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira morreu na madrugada da quinta-feira passada, devido a um enfarto do miocárdio, a Dilma quer saber o que houve. Pois eu respondo: "um enfarto do miocárdio, dona Dilma".

Mas ele faz parte do seu quadro de "asseclas" e por isso ela solicitou já na sexta-feira ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que ele apurasse uma suposta negligência de "hospitais particulares" do Distrito Federal.

Tudo porque que ela soube que Divanier não recebeu socorro imediato e que teve que procurar por atendimento em três hospitais particulares de Brasília até conseguir atendimento.

Só que os dois primeiros hospitais negam a falta de socorro. Um diz não ter negado atendimento a ninguém e o outro, diz não tem registro de solicitação de atendimento para Duvanier.

Mas a Dilma ligou para o Padilha e pediu “providências exemplares” em relação ao caso. E olha que esta informação é da assessoria de comunicação do Planalto, por tanto com fundo de verdade.

Agora Padilha está cobrando da Agência Nacional de Saúde (ANS) apuração, para saber se houve recusa por parte dos hospitais em prestar socorro a Ferreira por não aceitarem seu plano de saúde. Alexandre Padilha quer saber se houve alguma falha entre o plano de saúde e os hospitais envolvidos.

E foi aí que o Padilha enveredou pelo caminho que é muito usado pelo pessoal do atual governo, onde tudo é discriminação. E como o Duvanier era um cidadão afrodescendente, o ministro da Saúde está falando que aquilo que aconteceu foi crime de “racismo institucional”, crime este que resultou em morte do secretário. Mas será que a população pobre não está também sofrendo com a “discriminação institucional” quando ela não é atendida nos hospitais públicos por falta de médicos, falta de medicamentos, e até mesmo falta de aparelhamento dos hospitais? Se no caso do Duvanier foi "discriminação racial", no caso do pobre não seria "discriminação social"?

Se houve crime no caso apontado por Padilha, ele talvez não tenha como apontar o culpado, mas no caso da população, se quiserem eu começo a apontar os culpados, lá por cima, pela Dilma Rousseff, pelo próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha, governadores prefeitos e por aí seguindo por todos os políticos que roubam os cofres públicos e deixam a Saúde à míngua.

Mas como o Duvanier não passou por hospitais públicos e sim por hospitais particulares, ao ser ouvido para explicações, o superintendente jurídico do Hospital Santa Lúcia, Gustavo Marinho, falou que não foi negado atendimento a Paiva Ferreira e explicou o acontecido: "Uma acompanhante do paciente perguntou se o hospital atendia pela Geap, que é o plano de seguridade social que atende a órgãos do governo federal. A funcionária disse que não, mas que poderia atendê-lo como paciente particular. A acompanhante disse então que preferia buscar outro hospital. Em nenhum momento houve solicitação de atendimento".

Já a direção do Hospital Santa Luzia informou que não encontrou informações sobre pedido de atendimento para Duvanier Paiva Ferreira. De acordo com a direção do hospital, todos os funcionários que estavam no plantão relataram que não houve nenhuma negativa de atendimento na noite de quinta-feira.

Com esta parte esclarecida, agora vem uma pergunta que não quer calar: Por que o acompanhante do Duvanier não o levou até um hospital público? Aliás, deveria ser obrigatório para todos os políticos e pessoal de cargos de confiança dos governos, o atendimento em hospitais públicos.

Garanto que se isso fosse uma “norma”, os hospitais públicos seriam “Hospitais Modelo”. Só assim, com esses “safardanas” tendo que recorrer à rede pública de Saúde para qualquer atendimento, o governo daria jeito na rede pública de saúde.

Já é hora de o Lula, a Dilma e outros tantos que usam o Hospital Sírio Libanês, entender que por lei “todos têm direitos iguais” e já que o povão não tem direito ao Sírio Libanês, vamos nivelar os direitos por baixo.

Só com eles sentindo na pele o drama da população, vamos ter uma Saúde Pública de fato.

3 comentários:

Nádia Gouveia disse...

É, a Saúde Pública está no fim, mas a Dilma está preocupada com o hospital particular que ela diz não ter "salvado" a a vida do seu parceiro de roubos. Um hospital particular deixou morrer um seu companheiro de desnmandos e isso é um pecado capital.
Isso é uma bofetada na cara do povo.
Brasília

João Rosas disse...

Taí uma verdade que precisa ser dita muitas vezes, porque enquanto o povo não tem atendimento médico e muito menos hospitalar público, eles, do governo, tem atendimentos quase que miraculosos e ficam bons de qualquer mal da noite para o dia. Vejam só o caso do lula, que do mesmo modo que a Dilma, ficou curado de um câncer por milagre dos santos médicos do Hospital Sírio Libanês. E na hora que um dos membros do governo morre porque tinha que morrer, vem a presidente querendo culpar um hospital particular de não fazer o milagre. Lá não tem santos, presidente.
Presidente Dilma, lute pelo povão, fala com o Padilha que o povo não tem hospital, não tem médico e muito menos medicamentos.
Depois então, pense em culpar algum hospital particular.
Guaratinguetá

Valdir Luz disse...

Será que a Dilma pensa que ela é presidente só de uma pequena parcela de brasileiros? Ela cria problema porque um dos seus colaboradores morre sendo atendido, até porque além de ter Plano de Saúde ainda tinha dinheiro para isso, enquanto os pobres morrem nas filas dos hospitais públicos sem a menor atenão do poder público e ela não está nem aí.
É triste ver que ela é como outro qualquer político.
E o povo ainda vota nessa cambada.
Recife