Aproveitando a oportunidade

Gerson Tavares

Este governo não perde nenhuma oportunidade para meter a não no cofre. Ontem falei aqui sobre o recorde de arrecadação que o Brasil teve no ano passado, mas lógico, que não deu para repassar em benefícios ao povo porque tem muita gente para ficar com essa grana, metendo a mão no cofre, lá mesmo, dentro do governo.

Mas eles não ficam satisfeitos quando vêm que o dinheiro está sobrando e resolvem que dá para mais um se arrumar.

E foi aí que a Dilma, que tem na sua assessoria gente do mais alto gabarito em termos de “mão nervosa”, descobriu que se ela está em momento de mexidas em cargos, tendo que afastar aqueles que deixam “rabo” em suas investidas no cofre, além de recompor a “maquina” nomeando outro esperto para aquele lugar, resolveu que dá para criar novos cargos para os “companheiros”.

O governo tinha que colocar alguém para o lugar do Elias Fernandes na direção do Dnocs, logo ele, que é afilhado do deputado Henrique Eduardo Alves, do PMDB do Rio Grande no Norte, e ao mesmo tempo, queria também colocar “alguém” no comando da Transpetro, lugar ocupado pelo ex-senador Sérgio Machado, que também é membro do PMDB, só que do Ceará.

A intenção do governo era para o lugar do Machado levar alguém do PT e esse alguém era nada mais, nada menos que o ex-presidente do partido, José Eduardo Dutra, mas quando informaram ao comando do PMDB sobre a ideia, veio a grita. Com o “partidão” aliado dando o contra, só cabia ao PT abortar a missão.

Foi aí que apareceu o “gênio” Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, que sabe como ninguém colocar panos quentes, vendo que poderia acalmar Renan Calheiros e José Sarney, e avisou que tudo seria resolvido porque o governo iria criar mais um cargo na Petrobrás e ali ficará o José Eduardo Dutra.

E pelo que dizem foi mais ou menos assim que alguém falou lá no Palácio do Planalto: "Fácil, não? O dinheiro está sobrando, o povo não precisa de nada mesmo, então vamos dividir o bolo entre nós".