sexta-feira, 27 de março de 2009

Um milhão de casas para resolver
o problema de alguém

Gerson Tavares

Um milhão de casas, este é o projeto do governo Lula para resolver o problema de moradia para os “Sem Teto” do país. Um milhão de casas e todos aplaudindo como se essa fosse uma solução para o problema.

Serão casas de todos os preços, começando em cinqüenta reais e vão até cento e trinta e nove reais. Serão casas populares para a população que não tem casa própria e a coisa vai funcionar mais ou menos assim: os brasileiros com renda de até três salários mínimos irão virar eleitores da Dilma com o programa habitacional “Minha casa, minha vida”.

Eles por enquanto, passam ao status de candidatos à casa própria, que terão subsídio para a compra de imóveis populares, pagarão prestações ao longo de até dez anos de parcelamento. Mas para se candidatar, serão muito bem cadastrados pelos governos estaduais ou municipais e a responsabilidade pelo cadastramento será das secretarias de Habitação.

Na hora de selecionar os felizardos, a Caixa deverá verificar o “CadÚnico”, um cadastro que pelo nome deveria ser único, que lista os beneficiários de programas sociais do governo federal, mas como o CadÚnico não é único, a caixa também deverá verificar o Cadastro Nacional dos Mutuários, que informa quem tem ou já teve financiamento imobiliário. Quem estiver no segundo banco de dados não poderá se beneficiar do pacote.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo acredita que as obras somente deverão começar em agosto. Pelo que diz o sindicato, tudo vai depender das prefeituras. O presidente do sindicato falou que nada deverá depender do partido e espera também que os prefeitos não ofereçam resistências, porque este pacote vai gerar empregos às vésperas de eleições.

Depois deste cadastro “único” e também do “não único”, que não garantem a casa própria para todos, mesmo cadastrando a todos e ainda depois das declarações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo, que as obras só “deverão” começar em agosto, quando a política para 2010 começa a esquentar e que os prefeitos que estiverem “alinhados” com a “campanha de 2010” serão os responsáveis pelo cadastramento e terão carta-branca na distribuição das casas, chega-se a conclusão que este deverá ser o programa “Meu voto, minha casa”.

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