Precisamos de políticos sérios

Gerson Tavares

Quando Renan Calheiros resolveu sair do casulo já tinha tudo traçado. Logo após dar o seu apoio irrestrito ao Zé sarney para a eleição da presidência do senado, ele resolveu trazer de volta o Fernando Collor, que aliás, foi buscar no ostracismo político, mas com uma única intenção: fazer o "teste de força". Teste feito e o êxito demonstrando que é uma "fenix", era hora de dar continidade a sua retomada. Chamou o companheiro Almeida Lima e falou: "Farei de você o presidente da Comissão Mista do Orçamento do Senado". E não deu outra. Bingo!

Mas os safardanas não contavam com a resolução que proibe a participação de qualquer senador na CMO por dois anos seguidos e o Almeida Lima está nesta situação. É que de fevereiro à abril de 2008, o "Almeidinha" foi membro suplente da comissão e na opinião geral e neste geral estão incluidos até aqueles companheiros que apoiaram a indicação. Para o Almeida lima ser o presidente da CMO, seria necessario que a resolução fosse mudada.

Mas como o assunto estava sendo tratado entre "cabras sem vergonha", o argumento tanto de renan qunto do Almeida, é que ele nunca compareceu às sessões da Comissão. Quer dizer, um "gazeteiro confesso". E o "safardana" sergipano falou com a maior cara-de-pau: "É verdade, a resolução proibe. Mas nunca fui de fato da comissão de orçamento. No dia 3 de fevereiro foi enviado um ofício com meu nome para integrá-la, mas eu não queria e decidi não participar dela. Simplesmente não havia interesse meu em participar do Orçamento, porque estava em outras comissões. No dia 2 de abril, o lider encaminhou outro ofício anulando minha indicação". E para completar essa "pérola de justificativa", o "Almeidinha", que muda de opinião sempre em sintônia com o renan, completou: "Eu posso não querer participar em um ano e, no outro, sim. Isso não tem nada a ver".

Realmente isso não tem nada a ver. O que realmente tem a ver, é que político hoje em dia é sinonimo de sem vergonha.